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Como será o carro do futuro?

Parece ficção, mas todas as novidades apresentadas aqui já estão em fase de pesquisa

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 6 mar 2024, 09h32 - Publicado em 18 abr 2011, 18h52

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Difícil responder. No entanto, só com tecnologias que já começaram a ser desenvolvidas, dá para imaginar a seguinte cena nas próximas décadas: você entra numa estrada e resolve relaxar. Então solta o volante e fala para o computador de bordo que quer assistir a Matrix 13. Ele baixa o filme da internet, enquanto o banco se ajeita sozinho para a sessão. Nessa hora, o carro detecta um problema na parte elétrica. Mas ele nem o avisa: faz o download da última versão do software que corrige isso e pronto. Bom, a pipoca que você abriu para ver o filme deu uma baita sede? É só parar o carro e beber um pouco d’água no cano do escapamento. Essa água, totalmente potável, é o único resíduo que sai do motor do seu carro do futuro, movido a hidrogênio. Motores assim não têm nada de ficção.

Diante da possibilidade de escassez de petróleo, os Estados Unidos investem bilhões de dólares em pesquisas nessa área. A eventual falta de petróleo também pode banir outro derivado dos carros: os plásticos. “A tendência é que eles sejam substituídos por fibras de plantas, que são um recurso totalmente renovável”, diz o gerente de design da Volkswagen, Luiz Alberto Veiga. E quanto ao carro andar sozinho na estrada? Realidade pura: carros guiados por sensores, sem motorista, foram demonstrados há cinco anos nos Estados Unidos. Quanto à eletrônica, o segredo está na velocidade das conexões sem fio com a internet. Hoje, há testes com sistemas que fazem downloads a 19 Mbps, o suficiente para baixar um filme inteiro em um minuto. “Com isso, até pequenos reparos no carro poderão ser feitos online”, diz o gerente de projetos Mario Egídio Bozzo, da Delphi, que fabrica equipamentos eletrônicos. Assim, só falta bolar um jeito de levar a água do escapamento até um frigobar…

 

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1 – NO CAMINHO CERTO

Hoje: há sistemas de GPS capazes de indicar no painel a posição exata do carro em cidades e estradas. Os mais modernos fazem o download de mapas direto da rede

Amanhã: em caso de acidente, o carro indicará automaticamente a posição do veículo para as equipes de resgate. Também poderá mostrar onde fica a oficina mais próxima quando surgir algum problema

2 – MOTORISTA PRA QUÊ?

Hoje: estradas com sensores que guiam carros já foram testadas nos Estados Unidos e na Europa. Os veículos passam de 100 km/h, mantendo distância de 6,5 metros entre si

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Amanhã: estradas e avenidas com esses sensores aumentarão o fluxo em uma pista de 2 mil para 5 700 carros por hora. Afinal, conforme diminui a distância entre os carros, maior é a capacidade da pista

3 – SEMPRE NA MODA

Hoje: no campo do design dos veículos, esforços para diminuir o tamanho do motor permitiram carros mais espaçosos e aerodinâmicos

Amanhã: a idéia mais radical na imaginação dos projetistas são carrocerias com fibras especiais, que mudariam de cor ao receber impulsos elétricos. Bastaria selecionar a nova cor pelo computador do carro

4 – LOCADORA MÓVEL

Hoje: modelos ultraluxuosos vêm equipados com DVD, videogame, telas de cristal líquido e micros que obedecem comandos de voz

Amanhã: internet sem fio com velocidade 300 vezes maior que a de conexões discadas permitirá baixar filmes e músicas instantaneamente. Chips que deixam o som do rádio cristalino também estão chegando

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5 – ARRANQUE ECOLÓGICO

Hoje: os melhores protótipos de motores movidos a hidrogênio alcançam 140 km/h, com autonomia de 150 quilômetros. Há sistemas que convertem metanol e álcool nesse combustível não-poluente

Amanhã: o mais difícil será criar uma rede de distribuição de hidrogênio tão eficiente quanto a de gasolina. Como o álcool pode ser convertido em hidrogênio dentro do carro, o Brasil leva vantagem

VISÃO EXTRA

Hoje: carros top de linha vêm com sistemas que detectam um obstáculo à frente, com autonomia para frearem sozinhos, além de faróis de xenônio, mais potentes

Amanhã: a tendência são faróis espertos, que acompanhem a direção do carro nas curvas, assim como sensores de infravermelho: no escuro, eles detectariam pedestres desavisados a cerca de 300 metros

OFICINA INSTANTÂNEA

Hoje: para que o carro absorva melhor os impactos, os modelos mais modernos são feitos com chapas gradualmente mais finas entre o “cockpit” (onde ficam o motorista e os passageiros) e o pára-choque

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Amanhã: a chave é a pesquisa com materiais que tenham mais “memória”. Ou seja, capazes de voltar à posição original após um choque. O ápice seria um carro que pudesse se desamassar sozinho

E os automóveis voadores? Ideia não deve sair tão cedo dos desenhos animados

No velho desenho animado Os Jetsons, os personagens voavam com seus carros nas histórias que se desenrolavam no ano 2000. A virada do milênio já virou passado, mas sair voando da garagem, que é bom, nada. Tecnologia para isso não falta e o protótipo mais avançado hoje é o Skycar, da norte-americana Moller International. Ele decola e pousa verticalmente e chega a 644 km/h. Seu preço inicial e proibitivo: 1 milhão de dólares – com uma eventual produção em massa, o preço poderia cair para 60 mil dólares. O problema é que o controle de tráfego aéreo nas cidades precisada ser todo reformulado. E o motorista teria de se formar como piloto antes de pegar no volante.

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