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Como surge um incêndio florestal e como combatê-lo?

Os incêndios mais destruidores aparecem com uma combinação explosiva de três fatores. Primeiro, um clima quente e seco, em que a umidade do ar não ultrapasse 20%. Segundo, a presença de alguma coisa que provoque a primeira fagulha, desde um relâmpago até um simples cigarro aceso. Por último, combustível para alimentar as chamas – e […]

Por Rodrigo Ratier
Atualizado em 22 fev 2024, 11h03 - Publicado em 18 abr 2011, 18h53
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    Os incêndios mais destruidores aparecem com uma combinação explosiva de três fatores. Primeiro, um clima quente e seco, em que a umidade do ar não ultrapasse 20%. Segundo, a presença de alguma coisa que provoque a primeira fagulha, desde um relâmpago até um simples cigarro aceso. Por último, combustível para alimentar as chamas – e isso as florestas têm de sobra, com suas toneladas de madeira inflamável, arbustos e folhagens secas. Se estiver ventando muito, pior ainda: as correntes de ar são capazes de carregar uma folha flamejante por até 50 metros de distância. Isso gera desastres como o incêndio de Roraima em 1998, quando arderam 14 mil quilômetros quadrados de floresta, uma área quase dez vezes superior à da cidade de São Paulo. No país, 95% dos incêndios são causados pela ocupação desordenada da zona rural. “O corte de madeira abre clareiras no meio da floresta, diminuindo a resistência do solo e a umidade da área. Mas o grande inimigo são as queimadas.

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    Nas secas, elas fogem de controle e avançam sobre as áreas de floresta intocada”, afirma o sociólogo Flávio Montiel, diretor de proteção ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A região que mais sofre com o problema é o chamado arco do desmatamento, uma faixa de 3 mil quilômetros de extensão e de até 600 quilômetros de largura, que vai do Pará ao Acre, nas bordas da floresta Amazônica. Para evitar os incêndios, o Ibama possui um sistema de quatro satélites que monitora os focos de calor nos territórios críticos. “Na suspeita, a ordem é destacar uma equipe para combater o fogo. Cada minuto é precioso para evitar que o incêndio se alastre”, diz o agrônomo Hélio Ogawa, do Instituto Florestal do Estado de São Paulo. As estratégias para vencer o incêndio incluem o combate com brigadas, aviões e helicópteros, ou ainda isolar a região em chamas para limitar os danos.

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    Operação mata-chamas Luta contra o fogo conta com ataque aéreo e pode mobilizar até 500 homens

    ÁGUA PORTÁTIL

    Como a maioria das florestas fechadas impede o acesso de caminhões-pipa,o kit dos brigadistas contra as chamas inclui bombas d’água portáteis de 40 litros. Apesar de limitadas, elas são a melhor arma para eliminar focos de fogo oculto

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    VASSOURA SALVADORA

    Além de roupas protetoras, equipes de até 500 brigadistas de combate ao incêndio têm um equipamento essencial: a vassoura-de-bruxa, um bastão com tiras de lona que abafam as chamas e extinguem o fogo

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    REDUZINDO O ESTRAGO

    Quando o fogo avança rápido, a melhor estratégia é usar tratores para limpar uma faixa do terreno e cercar as chamas. Ao mesmo tempo, os brigadistas provocam incêndios controlados para reduzir o combustível disponível

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    CONTRA-ATAQUE AÉREO

    Aviões-tanque e helicópetros com capacidade para até 4 mil litros de água sobrevoam a área e despejam o líquido sobre o incêndio. Em casos graves, a água é misturada aos chamados retardantes, composto de óxido de ferro e fertilizantes que, em contato com as árvores, protege contra as chamas e diminui o ritmo da combustão da madeira

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    1. Em condições de clima quente e seco, basta um relâmpago, um cigarro aceso ou uma simples fogueira abandonada para começar um grande incêndio florestal. Quando a mata começa a queimar, o ar quente das chamas tende a subir, criando um vácuo próximo à área verde

    2. O vazio deixado pela coluna de fumaça é rapidamente preenchido por uma corrente de vento fresco. O oxigênio alimenta a combustão e os sopros de ar transportam folhas flamejantes a até 50 metros de distância, ultrapassando rios e vales e espalhando o potencial de destruição do incêndio

    3A. Nas florestas podem ocorrer três tipos de incêndio. O mais freqüente é o chamado fogo rasteiro, que avança pela superfície do solo, queimando arbustos, palha e capim seco. A grande quantidade de material inflamável funciona como um reservatório de combustível

    3B. O segundo tipo de incêndio é o fogo de copa, que consome as folhas das árvores e é o mais difícil de combater. Como as chamas podem estar a mais de 40 metros de altura, é preciso usar socorro aéreo ou derrubar a árvore para conter as chamas

    3C. O último tipo, o chamado fogo oculto, é o mais traiçoeiro. Esse fogo queima lentamente a parte interna de troncos e raízes como um carvão em brasa por até dez dias. Nessas situações, basta uma rajada de vento para recomeçar o incêndio

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