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Como surgiu a Copa São Paulo de Juniores?

A maior vitrine para revelações do nosso futebol foi criada em 1969, por iniciativa da prefeitura de São Paulo. A ideia era unir o útil ao agradável: além de estimular a molecada a bater uma bola, o torneio faria parte das comemorações do aniversário da cidade, no dia 25 de janeiro – até hoje, a […]

Por Artur Louback Lopes
Atualizado em 22 fev 2024, 11h13 - Publicado em 18 abr 2011, 18h49
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  • Copinha

    A maior vitrine para revelações do nosso futebol foi criada em 1969, por iniciativa da prefeitura de São Paulo. A ideia era unir o útil ao agradável: além de estimular a molecada a bater uma bola, o torneio faria parte das comemorações do aniversário da cidade, no dia 25 de janeiro – até hoje, a final é disputada nessa data. Mas isso é uma das poucas coisas que se mantiveram em todos esses anos de história. Para se ter uma ideia, a denominação “juniores”, para boleiros de até 20 anos, só foi criada em 1981. Até então, o torneio era conhecido como Taça São Paulo de Futebol Juvenil.

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    Outra mudança é que, no primeiro ano da competição, apenas quatro times disputaram o caneco, enquanto na última edição esse número chegou a 116. Os maiores campeões são Corinthians, com nove títulos, e Fluminense, com cinco, seguidos pelo Internacional, com quatro, e São Paulo, Santos e Atlético Mineiro, com três.

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    A maioria dos times pequenos que disputa a “Copinha” – como o torneio foi carinhosamente apelidado – sofre com goleadas, mas alguns conseguem surpreender. O melhor exemplo é o nanico Roma, time que nasceu em Barueri, cidade da Grande São Paulo. Em 2001, essa valente e desconhecida equipe abocanhou o título depois de uma final emocionante contra o São Paulo de Kaká e companhia.

    Aliás, o jogador é apenas um das dezenas de boleiros que a Copinha impulsionou para o futebol profissional. Veja abaixo um timaço de craques 100% Copa São Paulo.

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    Todo-poderoso timão Em mais de 40 edições, a “Copinha” revelou um esquadrão de boleiros

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    ROGÉRIO CENI, goleiro

    Jogou a Copa SP em: 1993

    Time: São Paulo

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    Campeão do torneio, Rogério só não foi disparado o melhor goleiro porque, no mesmo ano, Dida também fechou o gol pelo Vitória. Em oito jogos, ele tomou apenas cinco gols. Saiu direto da Copinha para o time principal do São Paulo

    CAFU, lateral-direito

    Jogou a Copa SP em: 1988

    Time: São Paulo

    No começo de carreira, o lateral pentacampeão penou em quatro peneiras no São Paulo até conseguir jogar a Copinha. No torneio, atuou pelo meio-campo e não teve destaque: o tricolor foi eliminado na segunda fase. Mas, no ano seguinte, Cafu ganhou uma chance no time principal e virou titular

    DENER, meia/atacante

    Jogou a Copa SP em: 1991

    Time: Portuguesa

    Uma das maiores revelações da história da Copa São Paulo arrebentou na competição e levou a Lusa ao título. Dener vestiu a amarelinha da seleção brasileira principal apenas dois meses depois da Copinha! Mas teve sua carreira abreviada por um acidente de carro, que tirou sua vida quando ele tinha apenas 23 anos

    FALCÃO, volante

    Jogou a Copa SP em: 1972

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    Time: Internacional

    Vice-campeão e revelação do campeonato, Falcão pulou da Copinha direto para o profissional do Internacional. Em sete anos no Colorado, o meia conquistou cinco estaduais gaúchos e três campeonatos brasileiros. Negociado em 1981, levou a Roma ao título italiano depois de 42 anos, ganhando o apelido de “Rei de Roma”

    CASAGRANDE, centroavante

    Jogou a Copa SP em: 1980

    Time: Corinthians

    O Timão foi eliminado na semifinal pelo Atlético Mineiro, mas ganhou um prêmio maior: Casagrande, um grandão cabeludo que foi eleito revelação do campeonato. No Corinthians, fez uma dupla genial com Sócrates e marcou mais de 100 gols. Também jogou a Copa de 86 e fez sucesso na Europa, conquistando títulos pelo Porto, de Portugal, e pelo Torino, da Itália

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    RAÍ, meia

    Jogou a Copa SP em: 1985

    Time: Botafogo (SP)

    A campanha do “Botinha” de Ribeirão Preto não foi grande coisa, mas Raí levou o título de revelação da Copinha. Comprado pelo São Paulo, liderou o tricolor na inédita conquista do mundial, marcando dois gols na final contra o Barcelona, em 1992. O meia também jogou na Europa, ajudando o Paris Saint Germain a faturar o campeonato francês em 1994

    ROBINHO, atacante

    Jogou a Copa SP em: 2002

    Time: Santos

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    Ironia suprema, o “craque das pedaladas” amargou a reserva dos centroavantes William e Douglas na Copinha de 2002, quando o Santos foi eliminado nas oitavas-de-final. No mesmo ano, já na equipe principal, coube ao ex-reserva liderar o alvinegro no inédito título brasileiro.

    EDINHO, zagueiro e lateral-esquerdo

    Jogou a Copa SP em: 1973

    Time: Fluminense

    Na Copa São Paulo, Edinho foi campeão pelo Fluminense jogando como zagueiro. Mas na Copa de 78 ele quebrou o galho como lateral-esquerdo do Brasil e por isso o improvisamos novamente no nosso timaço. Polivalente, Edinho ficou conhecido pela segurança e categoria na defesa, brilhando nos títulos estaduais do Flu em 1975, 1976 e 1980

    TONINHO CEREZO, volante

    Jogou a Copa SP em: 1972

    Time: Atlético Mineiro

    Na Copinha, o “Galo” não chegou à final, mas Cerezo, então com apenas 15 anos, foi eleito revelação do campeonato,— honraria dividida com Falcão. Em longos 24 anos de carreira, o meia conquistou sete campeonatos mineiros pelo Atlético, um italiano pela Sampdoria, um paulista, duas Libertadores e dois mundiais pelo São Paulo. Haja título!

    POLOZZI, zagueiro

    Jogou a Copa SP em: 1975

    Time: Ponte Preta

    Esse é das antigas. Um dos poucos zagueiros escolhidos como maior revelação da Copa São Paulo, Polozzi é da linhagem de grandes defensores revelados pela Ponte, ao lado de Oscar, Juninho e Nenê. O ponto alto de sua carreira foi a convocação para a Copa de 78, apesar de ter ficado no banco durante a competição

    JÚNIOR BAIANO, zagueiro

    Jogou a Copa SP em: 1990

    Time: Flamengo

    Foi o xerifão do rubro-negro e autor do gol do título no sofrido 1 a 0 contra o Juventus. Naquela época, já misturava lances de extrema habilidade com pegadas carniceiras. Saiu da Copinha e virou titular do Flamengo — posição que, após rodar o mundo da bola, voltou a ocupar em 2004

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