Quando o inventor do telégrafo, o americano Samuel Morse (1791-1872), idealizou um sistema de codificação de mensagens para o aparelho, em 1835, usou como base a combinação de pontos e traços que facilitassem sua memorização. O estilo dessa linguagem abreviada já estava, portanto, estabelecido. Mas somente 15 anos depois, quando uma comissão de países europeus fez algumas modificações no sistema, é que foi definido o chamado Código Morse Internacional. Entre as inovações, incluiu-se um sinal de pedido de socorro, fácil de ser lembrado em situações de emergência mesmo por pessoas com pouco ou nenhum conhecimento de telegrafia. Era uma simples combinação de duas letras, cada uma codificada por três sinais idênticos: três pontos (toques curtos) para o S e três traços (toques longos) para o O.
Segundo esse critério, a escolha poderia ter sido igualmente OSO – no entanto, os traços são sinais elétricos mais longos, cuja transmissão exige mais energia, além de tornarem a mensagem mais demorada. Por isso, o código para chamar auxílio ficou sendo SOS, sem pontuação. Outras interpretações – como a expressão save our ship (“salvem o nosso navio”, em inglês) – são apenas truques de memorização posteriores à adoção do código.
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