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Como vivem os peixes de mar profundo?

Região abissal dos oceanos cobre 60% da superfície global

Por Yuri Vasconcelos
Atualizado em 6 mar 2024, 09h34 - Publicado em 18 abr 2011, 18h51
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    Os cientistas ainda têm muitas dúvidas a respeito da vida dessas bizarras criaturas. Considerado o maior ecossistema do planeta, a região abissal dos oceanos – abaixo de 2 mil metros – cobre 60% da superfície global. Nela, reina a escuridão, a temperatura varia de 0 a 4 ºC e a pressão é capaz de esmagar um cilindro de oxigênio. Os seres que vivem nesse lugar tão inóspito desenvolveram sofisticadas estratégias de sobrevivência. Mais da metade das criaturas abissais é capaz de produzir sua própria luz, o que é chamado de bioluminescência. “A luz é produzida por pequenos órgãos conhecidos como fotóforos, num fenômeno similar ao dos vaga-lumes”, diz o biólogo Alessandro Augusto Rogick Athiê, da Universidade de São Paulo (USP). Os peixes abissais também são quase sempre carnívoros, pois a quantidade de algas onde eles vivem é pequena. Por causa da escassez de comida, muitas espécies têm dentões monstruosos, para garantir, sem vacilos, a captura de qualquer presa que passe por perto.

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    “Eles não sabem quando vão comer novamente”, afirma o biólogo americano Homer Montgomery, da Universidade do Texas.

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    Na livraria:

    Deep Sea Fishes, Randall, D. J., Academic Press, 1997

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    Na internet:

    https://www.caiuaficha.com.br/ciencia/peixes.html

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    https://www.extremescience.com/DeepestOcean.htm

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    – Como os peixes respiram?

    – Como os peixes elétricos geram eletricidade?

    Aquário de dar medo A partir de 1 000 metros há serpentes enormes e seres com dentes assustadores1. Serpente lendária

    O peixe-remador (Regalecus glesne), ou peixe-fita, pode atingir 16 metros de comprimento e pesar cerca de 46 quilos. É possível que ele seja um dos grandes responsáveis pelas antigas lendas sobre serpentes marinhas relatadas por pescadores em séculos passados

    2. Tubarão mergulhador

    O tubarão-de-seis-brânquias (Hexanchus griseus) é encontrado em profundidades de até 2 mil metros e recebeu esse nome porque a maior parte dos tubarões tem apenas cinco fendas branquiais. Ele cresce até 6 metros e se alimenta de uma variedade de animais, incluindo crustáceos, peixes e mamíferos marinhos

    3. Cruel empalador

    O peixe-víbora (Chauliodus sloani) é um dos mais ferozes predadores do mar. Sua boca grande e pontuda tem dentes similares a caninos, usados para empalar suas vítimas. De tão grandes, os dentes não cabem dentro da boca, curvando-se para trás, bem próximo aos olhos. O peixe-víbora atinge até 60 centímetros

    4. Luz própria

    O peixe-lanterna (Symbolophorus barnardi) recebeu esse nome devido à sua capacidade de produzir luz, emitida por órgãos localizados na cabeça, na lateral do corpo e no rabo. Ele cresce até 15 centímetros e passa o dia em profundidades que chegam a 1 500 metros — embora suba mais perto da superfície à noite

    5. Diabo marinho

    A aterrorizante aparência do peixe-pescador-de-mar-profundo (Melanocetus johnsonii) lhe rendeu um outro nome bem apropriado: diabo-negro. Mas, apesar dos dentes ameaçadores, ele não tem mais que 13 centímetros de comprimento. A “lanterninha” que possui é um prolongamento (bioluminescente) da espinha dorsal e serve de isca para atrair presas — daí o nome de peixe-pescador

    6. Dragão de cavanhaque

    Chamado peixe-dragão-de-mar-profundo (Grammatostomias flagellibarba), esse é outro bicho estranho que tem muito mais pose de mau do que tamanho — chega a cerca de 15 centímetros. Ligado ao seu queixo há um barbilhão, um longo apêndice carnoso. A ponta desse “cavanhaque” em forma de fio também emite luz para seduzir presas

    7. Resto é com ele

    O peixe-ogro (Anoplogaster cornuta) vive em águas profundas extremas, a cerca de 5 300 metros. Como o alimento nessas profundidades é bastante escasso, ele acaba se alimentando de tudo o que encontra pela frente, principalmente restos de animais mortos que caem de profundidades menores

    8. Ermitão sem olhos

    O peixe encontrado na maior profundidade até hoje só tem nome científico: Abyssobrotula galatheae. Exemplares da espécie foram localizados a 8 372 metros de profundidade no mar do Caribe. Ele parece não ter olhos, mas que diferença isso faz num lugar onde reina a escuridão?

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