ILUSTRA Isabela Coelho Dourado
PERGUNTA Bruna Moreira, Porto Alegre, RS
Sim. A gravidez pode ocorrer toda vez que o sêmen do homem, cheio de espermatozoides, tem acesso à vagina de uma mulher em período fértil (ou seja, quando ela está ovulando). E esse contato não acontece apenas quando o pênis penetra o canal vaginal e ejacula lá dentro (o que seria uma possível definição de “fazer sexo“). Outras circunstâncias sem um “rala e rola completo” também permitiriam a fecundação. Mas suas chances de sucesso são mais baixas: o espermatozoide, por exemplo, só consegue sobreviver poucos minutos fora do corpo humano.
Like a virgin
Mesmo meninas que ainda não tiveram o hímen rompido podem engravidar. Basta que o ato sexual deposite espermatozoides ali na região: o canal vaginal já tem espaço suficiente para um deles passar. Por isso, o casal não pode bobear: camisinha sempre! Não importa se é a “primeira vez” ou a vigésima.
Tiro ao alvo
E o famoso “gozar nas coxas”? Tem perigo? Depende do que você considera coxa. Se foi realmente na perna, tranquilo. Agora, se foi bem perto da entrada da vagina, é possível (ainda que improvável) que espermatozoides aproveitem a lubrificação da mulher para nadar – literalmente – vagina adentro, até o útero.
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Há controvérsias
Em teoria, “tirar antes de gozar” também é arriscado. Mesmo que o homem consiga se controlar, ele pode já ter liberado a lubrificação masculina, que serve para limpar o canal urinário antes da ejaculação. Esse líquido transparente já contém espermatozoides, mas médicos divergem se em quantidade suficiente para fecundar o óvulo.
Ufa! Sem perigo
Espermatozoides sabem “nadar”, mas não são o Michael Phelps! Se o homem ejacular na piscina ou na banheira, longe da mulher, dificilmente eles atingirão a linha de chegada (ainda mais se a água tiver cloro). Idem se o casal estiver de roupa: mesmo que os órgãos genitais estejam próximos, o tecido absorverá o esperma.
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CONSULTORIA Paula de Montille Napolitano, psicóloga e terapeuta sexual; Mirian Lopes, psicóloga e especialista em sexualidade humana; e Priscila Junqueira, sexóloga
FONTES Sites Terra, Diário de Biologia, Revista Feminina, Bolsa de Mulher e Trocando Fraldas