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Debate: Shopping centers podem proibir os rolezinhos?

Encontros de centenas de adolescentes em centros comerciais criaram impasses com lojistas e frequentadores. Vale ou não vale?

Por Giselle Hirata
Atualizado em 22 fev 2024, 10h25 - Publicado em 19 Maio 2016, 17h45
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    ILUSTRA Fabio Coala

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    Encontros de centenas de adolescentes em centros comerciais criaram impasses com lojistas e frequentadores. A questão é: será que potenciais participantes podem ser barrados na entrada dos shoppings?

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    Sim

    Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), os centros são “empresas privadas e espaços públicos ao mesmo tempo e zelam pelo conforto e segurança dos seus visitantes e consumidores”. Os rolezinhos podem ameaçar a tranquilidade dos frequentadores por elevar os riscos de furto e roubo

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    Os rolezinhos deveriam ser marcados em espaços abertos. Com poucas saídas de emergência e rotas de fuga nos shoppings, as aglomerações podem acabar em tragédia. Esse foi o argumento de um dos juízes que proibiram o movimento para evitar mortes parecidas com as da boate Kiss

    A Constituição diz que todo espaço público tem regras de convivência social. Os participantes do rolezinho, além de monopolizar uma grande área do centro de compras, perturbam o ambiente com música alta e corre-corre. Isso prejudica alguns espaços dentro das dependências, como o cinema e a praça de alimentação

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    Além dos rolezinhos, há outros incidentes em shoppings envolvendo jovens, como furtos e violência, que prejudicam o comércio. Para manter o ambiente tranquilo e não assustar clientes, poderia ficar estabelecido, em certos dias e horários, que adolescentes só entrassem junto com um adulto

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    Não

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    De acordo com Roberto Dias, professor de direito constitucional da PUC-SP, os shoppings são espaços abertos ao público e impedir a entrada de qualquer pessoa, seja por classe social, raça ou religião, é considerado uma medida discriminatória e fere o direito individual de ir e vir

    Para José Carlos Gomes da Silva, professor de ciências sociais da Unifesp, os jovens encaram os rolezinhos como uma maneira inofensiva de se divertir em um novo espaço. “Proibir que determinados grupos frequentem esses locais é uma forma de segregação social“, explica

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    Por falta de opções de entretenimento, os adolescentes marcam encontros em shoppings porque querem ter um momento de lazer em um local seguro. Criminalizar e reprimir os rolezinhos pode incitar uma onda de revolta social por todo o país, como se viu nos protestos que tomaram o Brasil em 2013

    Grandes marcas querem sempre atrair pessoas a suas lojas para comprarem seus produtos, e não existe lugar melhor para isso do que os centros comerciais. De certa forma, os rolezinhos levam mais pessoas aos shoppings e poderiam impulsionar as vendas

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    CONSULTORIA José Carlos Gomes da Silva, professor de antropologia da Unifesp; Marcelo Figueiredo e Roberto Dias, advogados e professores de direito constitucional da PUC-SP

    FONTES Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e Instituto Data Central

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