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E se o Brasil tivesse sido colonizado pelos EUA?

O pais teria mais empreendedorismo e mais infraestrutura. Mas também seria mais conservador e preconceituoso

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h31 - Publicado em 15 dez 2015, 17h43
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  • ILUSTRA Marcelo Costa

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    Sob nova direção

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    Os americanos se tornaram independentes a partir de 1776. Só então teriam desembarcado no Brasil, quase 200 anos depois da chegada dos europeus (portanto, mesmo mudando de mãos, manteríamos um pouco da influência portuguesa). O governo dos EUA teria que seguir uma política de ocupação total, em vez de adotar a tradicional postura de influenciar à distância

    O país do futebol… americano

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    A versão moderna do nosso soccer surgiu na Inglaterra, mas só no século 19, bem depois da independência das Treze Colônias. Sob controle do Tio Sam, seríamos adeptos de outras modalidades de massa, como o futebol americano e o beisebol. Nossos melhores atletas, desses e de outros esportes, disputariam a Olimpíada vestindo as cores da delegação ianque

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    Buy, buy, buy!

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    Colônias precisam dar lucro. Nossa nova metrópole firmaria muitas parcerias com produtores agrícolas e empresários locais e tentaria tornar os atuais 200 milhões de brasileiros em ávidos consumidores de produtos gringos. O país não se tornaria miserável, mas também não teria acesso ao clube dos ricos. Seríamos um grande Panamá, hoje fortemente influenciado pelos EUA

    O melhor do Brasil é o brasileiro

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    Os americanos se orgulham de sua nação ter sido fundada pela iniciativa privada: eles foram colonizados por duas corporações, a Companhia de Londres e a Companhia de Plymouth. No Brasil, incentivariam o empreendedorismo desde o século 19. Negócios próprios, inventores, registros de patentes e novos métodos de produção seriam comuns

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    Grandes obras

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    Os colonizadores investiriam em infraestrutura necessária para a economia, como usinas de energia, portos e cidades inteiras dedicadas ao turismo, à la Las Vegas. Afinal, tudo isso renderia impostos e grana no bolso do Tio Sam. Já obras necessárias à qualidade de vida provavelmente ficariam em segundo plano. A classe média e alta ainda pagaria por educação e saúde privadas

    (Ainda) mais shoppings

    Viciados em shopping, festejem: haveria muito mais deles, assim como anúncios luminosos e lanchonetes nas ruas. A arquitetura ganharia um estilo bem mais clean – a Confeitaria Colombo, no Rio, por exemplo, perderia a influência da art nouveau (e provavelmente venderia bagels). O estilo rebuscado dos portugueses seria preservado em poucas áreas históricas

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    Apartheid latino

    O histórico racista do sul dos EUA não deixa dúvida: os indígenas sobreviventes e os milhares de africanos trazidos pelos portugueses seriam tratados como cidadãos de segunda categoria. O racismo, muito velado na nossa sociedade atual, seria escancarado, com uma classe social branca ainda mais elitizada e encastelada. Manifestações e protestos seriam constantes

    Nação evangélica

    Imagine as praias do Rio sem sungas ou biquínis reveladores? E o Corcovado sem Cristo? Seria bem provável. Protestantes e conservadores, os americanos estimulariam o crescimento das igrejas evangélicas e reduziriam em muito a influência do catolicismo. Teríamos templos batistas, menonitas e até neopentecostais, que surgiram antes lá do que aqui. O Carnaval provavelmente ainda existiria, mas mais profissionalizado, quase Hollywoodiano, e com menos nudez

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    CURIOSIDADE

    English would be our official language, of course. Mas ainda teríamos alguns nomes e termos herdados dos portugueses

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    Como é o dia a dia numa escola dos EUA?

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    Quais foram as tribos mais poderosas dos EUA?

    Por que o sistema de medidas dos EUA é diferente do resto do mundo?

    Quais são as diferenças entre as polícias do Brasil e dos EUA?

    FONTES Livros Beneath the United States, de Lars Schoultz, e O Paradoxo do Poder Americano, de Joseph S. Nye Jr.; site Council on Foreign Relations

    CONSULTORIA William F. Schulz, consultor e professor de administração pública da Universidade de Nova York

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