Não. Na verdade, a única coisa que influi na ressaca é a quantidade de álcool ingerida pelo beberrão, já que seus efeitos estão diretamente relacionados ao trabalho que o fígado tem para metabolizar essa substância. Vamos imaginar que alguém tenha bebido três uísques em uma festa. Só nos 225 mililitros dessa dose tripla, já são pelo menos 90 gramas de álcool puro, um nível 50% maior que o considerado como alto risco de embriaguez pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No fim da noite, o mesmo bebum encerra a balada tomando mais uma garrafa de cerveja de 600 mililitros, adicionando 30 gramas de álcool à sua conta. Pela manhã, não dá outra: é aquela dor de cabeça infernal e o indefectível gosto de cabo de guarda-chuva na boca. A culpa foi da mistura? De jeito nenhum! Com a cerveja, a quantidade extra de álcool que o fígado do boêmio teve que agüentar foi equivalente a mais uma dose de uísque.
O mesmo vale para um cálice de vinho, que em 200 mililitros tem 24 gramas de álcool, quase a mesma quantidade de uma dose de um puro “escocês”. No fim das contas, a única coisa que evita a ressaca é não encher a cara, seja com que bebida for.
Leia também:
– Dá para abastecer um carro com bebida alcoólica?
– Por que as bebidas alcoólicas causam ressaca?
– Qual a diferença entre bebida destilada e fermentada?