O fruto, em si, não. As propriedades calmantes estão no resto da planta. Ela contém alcalóides e flavonóides, substâncias depressoras do sistema nervoso central (SNC), o conjunto do cérebro com a medula espinal, responsável pela sensibilidade e pela consciência. Por isso, elas atuam como analgésicos e relaxantes musculares. “O chá da folha do maracujá ajuda muito a controlar a ansiedade, por isso é indicado para pessoas em tratamento de dependências químicas. Além disso, diminui o estresse, a fadiga e a insônia”, diz o botânico Sylvio Panizza. Essas substâncias ainda atenuam os sintomas de doenças como a asma, pois ativam a respiração. Também desaceleram o coração e dilatam os vasos sanguíneos, melhorando a circulação do sangue no cérebro, o que alivia dores de cabeça de origem nervosa e cólicas. “O maracujá mais usado e estudado para essas finalidades é o Passiflora incarnata, comum nos Estados Unidos.
Aqui no Brasil, o Passiflora alata e o idulis também são usados como medicamentos, mas suas propriedades ainda estão sendo estudadas”, afirma o farmacologista Paulo Chanel Deodato de Freitas, da Universidade de São Paulo (USP).
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