Lugares assombrados do Brasil, parte 7: a Casa das Sete Mortes
Crimes ocorridos numa das casas mais antigas do Brasil, em Salvador (BA), deixam sobrenaturais rastros até hoje
Há pouca evidência sobre sua construção, mas esse casarão da época colonial é um dos mais antigos do Brasil ainda em pé. A arquitetura da mansão, planejada para ser residência de gente abastada da época, remonta ao século 17. O prédio foi restaurado pelo governo baiano há pouco tempo, sem alterar a estranha energia que paira por lá.
Em 1755, uma série de homicídios marcou o local. O padre Manoel de Almeida Pereira e três criados do casarão foram assassinados a facadas. Para completar as “Sete Mortes”, há duas hipóteses: alguns contam sobre uma escrava que envenenou o casal de patrões e a filha deles; outros falam sobre corpos de mãe e duas filhas, encontrados já em decomposição e sem pista do assassino.
Quem conhece o local diz que uma estranha sensação paira no ar, resultado das mortes inexplicadas. O imóvel, cheio de elementos arquitetônicos e decorativos de várias culturas (árabe, portuguesa e espanhola), foi tombado por seu valor histórico em 1943 e atualmente abriga cursos de música, canto e pintura. Mas só funciona até às 17h… Vai saber, né?
A casa abriga diversos fenômenos sobrenaturais, como barulho de passos nos cômodos, portas que abrem e fecham sozinhas, vultos e névoas bizarras. Durante a reforma mais recente, os operários que trabalharam lá disseram que as portas viviam batendo sem explicação. Alguns deles trabalhavam só quando havia luz do dia.
CONSULTORIA Angela Arena, pesquisadora e professora de turismo na Faculdade Anhanguera, e Mateus Fornazari, do site Sobrenatural
FONTES Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada de Recife, Fundação Gilberto Freyre; programas de TV Ghost Hunters International (SyFy); Linha Direta (Globo) e Fantástico (Globo); jornais Diário de S. Paulo, Folha de Pernambuco, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Fluminense; sites G1 e R7; revista VEJA; livros Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre, Histórias Mal-Assombradas do Caminho Velho de São Paulo e Histórias Mal-Assombradas do Tempo da Escravidão, de Adriano Messias; e tese de doutorado Trabalho e Cotidiano na Mineração Aurífera Inglesa em Minas Gerais: A Mina da Passagem de Mariana (1863-1927), de Rafael de Freitas e Souza