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Mulheres que mudaram a história: Aisha, a teóloga do islamismo

Uma das mais importantes teólogas do islamismo passou quatro décadas divulgando a nova religião. Antes, na adolescência, foi esposa de Maomé

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 5 mar 2018, 15h08
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  • (Maurício Planel/Mundo Estranho)

    O que foi: Líder religiosa
    Onde viveu: Arábia Saudita
    Quando nasceu e morreu: 612/3-678

    Ela foi a esposa favorita do profeta e todos em Medina sabiam disso. Mas a importância de Aisha vai muito além de ter sido a confidente do criador do islamismo. Quando ele morreu, ela tinha não mais do que 19 anos. Passaria outras quatro décadas ajudando a consolidar e divulgar a teologia da nova religião. Também participaria ativamente da política interna dos primeiros sucessores do marido e seria decisiva para desencadear a primeira guerra civil entre muçulmanos.

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    Aisha parecia predestinada a ser determinante para o Islã. Seu pai, Abu Bakr, e sua mãe, Umm Ruman, estavam entre os companheiros mais antigos do profeta. Foi prometida a Maomé com 6 ou 7 anos (há alguma dúvida sobre a data exata de seu nascimento). Continuou na casa dos pais até 9 ou 10 anos, quando passou a viver com o marido, que tinha 53.

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    A pouca idade choca, mas era tão comum na Arábia Saudita que, antes de concretizar o acordo com Maomé, a garota já estava prometida para outro homem, Jubayr ibn Mut’im.

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    RISADAS E BONECAS

    Depois de duas décadas de relacionamento monogâmico, quando se uniu a Aisha o profeta tinha na época outras duas esposas. Terminaria a vida com 11 ou 13, dependendo da fonte, incluindo viúvas de seus companheiros.

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    Todos os dias, pela manhã, passava pelo apartamento de cada uma para conversar. Mas, sempre que estava abatido ou tinha alguma decisão difícil para tomar, era para o quarto de Aisha que ele corria.

    Do lado de fora, podiam-se ouvir suas risadas soltas. Chegou a brincar de bonecas com a esposa. Ela foi também a única mulher diante de quem ele recebeu suas revelações divinas.

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    O fundador do islamismo faleceu no ano 632. Estava no quarto da mulher preferida – reza a lenda que ele faleceu em seus braços. Aisha nunca mais se casou. Seu pai foi o primeiro líder dos muçulmanos, por dois anos. Ela atuou como consultora dele e também do segundo, ‘Umar. Já o terceiro, o califa Uthman, foi alvo de oposição acirrada, liderada pela viúva.

    MÃE DOS CRENTES

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    Quando Uthman morreu assassinado, ela se envolveu diretamente na guerra que se seguiu contra Ali, o quarto chefe dos muçulmanos. Liderou um exército contra Basra, atual Iraque. Chegou a capturar a cidade e a mandar executar 640 homens.

    Mas acabou derrotada na chamada Batalha dos Camelos, realizada no dia 7 de novembro de 656, com mais de 10 mil mortos. Vitorioso, Ali colocou os xiitas no poder pela primeira vez.

    Aisha passou o resto da vida sem se envolver mais com as decisões políticas. Dedicou-se a escrever e a falar em público sobre os ensinamentos do marido. Dava aulas de caligrafia e de história, ensinava a recitar o Alcorão (que ela sabia de cor) e era procurada até mesmo por seus conhecimentos de medicina. Liderou dezenas de caravanas de peregrinas mulheres até Meca, a cidade sagrada da religião.

    Faleceu na cama, no ano 678. Estava na casa dos 65 anos. Desde então, os muçulmanos a conhecem como Mãe dos Crentes.

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