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Mulheres que mudaram a história: Maria Montessori

Pioneira do ensino para a primeira infância, ela desenvolveu o "método Montessori", que valoriza a independência das crianças – até demais, segundo seus críticos mais ferrenhos.

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 7 mar 2018, 13h28
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  • O que foi: Pedagoga
    Onde viveu: Itália
    Quando nasceu e morreu: 1870-1952

    Os 81 anos de vida de Maria Tecla Artemisia Montessori foram extraordinários. Ela cursou ensino técnico quando ele era reservado para homens. Em 1896, tornou-se a primeira mulher da Itália unificada a receber um diploma de medicina. Gerenciou uma instituição para crianças deficientes e alcançou resultados impressionantes para a educação de um público considerado incapaz na época.

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    Os avanços levaram Maria a receber do governo a missão de educar um grupo de crianças de favela. Ali ela reuniu sua experiência anterior e suas leituras de psicologia, filosofia, antropologia, biologia e história para construir, na prática, seu método de ensino. Morreu décadas depois na Holanda, após passar longas temporadas na Espanha, na Índia e no atual Sri Lanka.

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    MÉTODO INOVADOR

    Para a pedagoga, as crianças aprendem exatamente como a espécie humana sempre fez: tendo contato com o mundo físico (usando, portanto, todos os sentidos, em especial o tato) e raciocinando sobre cada experiência, na base da tentativa e do erro. Isso, na prática, significa salas de aula sem carteiras enfileiradas, com crianças dispostas da maneira que quiserem e professores circulando entre elas, mais como assistentes do que como mestres.

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    A reação ao método Montessori foi contraditória. Maria, que já havia encontrado grande resistência masculina dentro da Faculdade de Medicina de Roma, entrou no século 20 lidando com uma grande carga de preconceito.

    Ainda era mais comum acreditar, na época, que as crianças eram seres vazios que só aprenderiam quando os professores lançassem informações para elas.

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    Seu método caiu em desuso na década de 1950, logo depois de sua morte, mas foi resgatado no fim dos anos 1960 e hoje é popular. E de eficácia comprovada. Por exemplo: um estudo publicado em 2016, resultado da análise de 275 escolas de Sydney, na Austrália, confirmou que o estudante que sente as formas geométricas com os dedos aprende álgebra mais rápido.

    CASA DEI BAMBINI

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    Se as escolas hoje têm móveis do tamanho dos pequenos, é graças a Maria Montessori. Em 1907, ela deu início ao trabalho com menores carentes. Formou uma espécie de laboratório, que batizou de Casa das Crianças – Casa dei Bambini, em italiano.

    Ali, todos os dias, das 9h às 17h, 50 crianças de 3 a 7 anos aprendiam a se vestir sozinhas, a cuidar da própria higiene, a fazer ginástica. E, entre uma atividade e outra, desenvolviam noções de matemática e de alfabetização.

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    A pedagoga passou o resto da vida desenvolvendo essa experiência e divulgando-a pelo mundo. Foi ativa na publicação de artigos e livros e viajou o planeta apresentando sua tese em palestras. Ao morrer, deixou um legado imenso.

    Dica de livro – Em Para Educar o Potencial Humano, da Papirus, a pedagoga apresenta a origem da Terra para crianças.

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