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O que significam e como jogar as runas nórdicas?

Os povos nórdicos consideravam as runas um presente de Odin. Saiba como elas podem falar sobre seu passado, seu presente e seu futuro

Por Marcelo Testoni
Atualizado em 22 fev 2024, 10h05 - Publicado em 17 abr 2018, 14h48
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  • As runas surgiram como inscrições alfabéticas em torno do ano 150 d.C. pelas mãos dos antigos povos do norte da Europa. Na língua germânica, “runa” significa “segredos” ou “mistérios”. Esses povos, como os germânicos e os vikings, as esculpiam em ossos, metais ou madeira e as utilizavam em jogos de adivinhação para escrever poemas e até mesmo como amuletos de proteção.

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    As runas eram o único alfabeto dos povos nórdicos – no entanto, elas nunca evoluíram para algo como uma escrita ideogramática (cujos sinais representam conceitos, ideias – como o kanji japonês).

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    De acordo com a mitologia nórdica, as runas foram um presente do deus Odin. Ele as teria conquistado enquanto buscava iluminação pendurado na Yggdrasil, a árvore da vida. Após nove dias e nove noites, os céus teriam atendido suas súplicas e se aberto, deixando as runas caírem em suas mãos.

    Com a popularização do cristianismo por volta do século 6, o jogo de runas ficou associado à bruxaria e foi substituído pelo alfabeto latino. Na Idade Média, as runas foram proibidas pela Inquisição, mas, com o Renascimento, se popularizaram entre os ciganos e os astrólogos.

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    AS RUNAS

    O primeiro alfabeto rúnico (runemal) inventado foi o Futhark, com 24 peças divididas em três grupos de oito símbolos, cada qual com um significado (alguns com dois).

    1º grupo – Realizações físicas

    Primeiro grupo das runas nórdicas
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    1. Fehu – O gado

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    Simboliza riquezas materiais, sucesso e vitória. Invertido – Impasses e derrotas

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    2. Uruz – O touro bravo

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    Sorte, crescimento, perseverança e progresso. Invertido – Perdas e negativismo

    3. Thurisaz – Os espinhos

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    Proteção divina e entusiasmo. Invertido – Decisões precipitadas, cautela

    4. Ansuz – Palavras de Odin

    Sabedoria, inspiração e ouvir bons conselhos. Invertido – Falta de comunicação, futilidade e esforço inútil

    5. Raidho – A carruagem

    Viagem, progresso em direção às metas. Invertido – Rompimentos, fracassos e caminhos desagradáveis

    6. Kenaz – A tocha

    Renovação, novos começos e iluminação. Invertido – Perda de prestígio social ou de posses, fim de ciclos

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    7. Gebo

    O presente. União, equilíbrio e bons negócios. Não tem posição invertida

    8. Wunjo – A alegria

    Bem-estar e evolução positiva. Invertido – Infelicidade, crises e perdas

    2º grupo – Realizações emocionais

    segundo grupo das runas nórdicas
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    9. Hagalaz – O granizo

    Simboliza precauções, obstáculos e adiamento de planos. Não tem posição invertida

    10. Naudhiz – A necessidade

    Limitações e cautela com planos. Invertido – autocontrole e serenidade

    11. Isa – O gelo

    Concentração, paciência e equilíbrio. Não tem posição invertida

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    12. Jera – A colheita do ano

    Recompensas, alegria e satisfação. Não tem posição invertida

    13. Eihwaz – O teixo

    Proteção, final de um ciclo e recomeço. Não tem posição invertida

    14. Perdhro – Algo oculto

    Ganhos inesperados, conhecimentos ocultos e espirituais. Invertido – Desapontamentos, atrasos e traições

    15. Sowelo – O Sol

    Autoconhecimento, regeneração, sucesso e vitória. Invertido – Não tem posição invertida

    16. Algiz – A proteção do alce

    Viagem, novos caminhos, alegria e progresso. Invertido – Inquietação, vulnerabilidade e perigos

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    3º grupo – Realizações espirituais

    terceiro grupo das runas nórdicas
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    17. Tiwaz – O deus Tyr

    Simboliza vitórias, honra e justiça. Invertido – Problemas espirituais e desperdício de energia vital

    18. Berkana – O vidoeiro

    Renovação. Invertido – Confusão, descrença, rompimentos e carências

    19. Ehwaz – O cavalo

    Mudanças, progresso e lealdade. Invertido – Confiar e evitar agir

    20. Mannaz – O homem

    Integridade, fé e clareza espiritual. Invertido – Falta de fé, bloqueios e inimigos ocultos

    21. Laguz – A água

    Intuição e poderes psíquicos. Invertido – Pensamentos confusos, enganos e fracassos

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    22. Inguz – A fertilidade

    Realizações, nascimentos, amor e sexualidade. Não tem posição invertida

    23. Dagaz – O dia

    Prosperidade, transformações positivas. Não tem posição invertida

    24. Othila – A herança

    Sabedoria ancestral, domínio, notícias distantes. Invertido – Falta de clareza e certeza

    Como jogar em casa

    Jogo de uma runa

    infográfico mostrando como tirar as runas de urna
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    Embaralhe um dos três grupos de oito runas dentro de um saco, de acordo com algum aspecto de sua vida que merece esclarecimento. Pense ou diga em voz alta o que deseja saber e depois retire aleatoriamente apenas uma peça. Mas atenção: puxe sempre no sentido vertical!

    Jogo de três runas

    Puxe três runas e as leia da direita para a esquerda
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    1. Tendo uma pergunta em mente para cada aett, embaralhe um dos três grupos de oito runas dentro do saco e escolha três peças, uma de cada vez, e em seguida ordene-as da direita para a esquerda, por ordem de retirada e com o lado da inscrição para baixo

    primeira runa: presente ou passado. Segunda runa: caminho a escolher. Terceira: futuro
    ()

    2. Desvire uma por uma a partir da direita. A primeira runa dará pistas de sua atual situação ou do passado, a segunda um caminho a se tomar no presente e a terceira mostrará o que o futuro lhe reserva se seguir pela orientação dada

    Pergunta da leitora – Eliel Pereira da Silva, Vicência, PE

    FONTES Livros The Children of Odin: The Book of Northern Myths, de Padraic Colum, A Magia das Runas, de Ruth e Beatriz Adler, e Deuses e Mitos do Norte da Europa, de Hilda R. e Ellis Davidson

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