Os vaporizadores elétricos contra pernilongos fazem mal?
Eles contêm um tipo de veneno fraco mas fazem mal, sim – tanto que são proibidos para crianças com menos de um ano e pessoas com problemas alérgicos ou respiratórios. E, mesmo para quem não sofre desses males, o uso prolongado pode afetar o sistema imunológico, causando alergia. A fórmula geralmente é composta de piretróides, […]
Eles contêm um tipo de veneno fraco mas fazem mal, sim – tanto que são proibidos para crianças com menos de um ano e pessoas com problemas alérgicos ou respiratórios. E, mesmo para quem não sofre desses males, o uso prolongado pode afetar o sistema imunológico, causando alergia. A fórmula geralmente é composta de piretróides, derivados sintéticos da piretrina, substância encontrada no crisântemo. “Há casos raros em que eles causam convulsões, cefaléia, dores abdominais, agitação, irritabilidade e quadros depressivos ou de estresse. Como são neurotóxicos (atuam no cérebro), podem até destruir neurônios”, afirma Carlos Fernando Collares, toxicologista especializado em piretróides. O efeito tóxico se agrava porque, na maioria das vezes, o aparelho não é bem utilizado. “O correto é deixar uma janela aberta. Outro cuidado é a distância entre a pessoa e o vaporizador: 2,5 metros, no mínimo”, diz a toxicologista Darcilea Amaral, do Centro de Controle de Intoxicação da Prefeitura de São Paulo.
Ela recomenda ligar o aparelho horas antes de dormir, com a janela aberta – e, na hora de deitar, desligá-lo e fechar a janela, para os insetos não voltarem.