Por que alguns sons provocam arrepios?
Caso típico do giz riscando a lousa, um dos ruídos mais irritantes que existe
Isso costuma acontecer com sons mais agudos. No caminho que percorre até o cérebro, o estímulo sonoro ativa estruturas responsáveis pela memória e pelas reações físicas e psicológicas. Uma delas é a chamada amídala central, uma das mais antigas estruturas cerebrais dos seres humanos e dos animais, que envia mensagens ao hipotálamo, ao tronco cerebral e ao córtex. “O hipotálamo desencadeia reações físicas como palidez, calafrios, tremores, aceleração da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e também arrepios. Já o tronco cerebral dispara reações comportamentais, como medo ou repulsa. O córtex, por sua vez, é responsável pelas reações emocionais relacionadas com experiências passadas ou presentes.
Tudo isso contribui para que sons de frequências mais altas (os mais agudos) provoquem essas reações, mas a memória das experiências no córtex é que explica por que algumas pessoas ficam arrepiadas e outras não”, afirma o neurologista Vanderlei Cerqueira de Lima, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Quanto mais alta a freqüência da onda sonora, mais intensa é a reação.