Por que as medalhas olímpicas têm o desenho de folhas de louro?
Na cultura grega, essa planta estava associada à vitória
Porque, na cultura grega, onde surgiram as Olimpíadas, essa planta estava associada à vitória. Segundo a mitologia greco-romana, o deus Apolo havia se apaixonado pela ninfa Dafne, mas não era correspondido. Ele a perseguiu e ela fugiu para as montanhas, pedindo proteção a seu pai, o deus Peneio. Ele então a transformou num loureiro – “vencendo”, assim, Apolo. Desde então, a folha é usada como símbolo de triunfo, e não só esportivo. Em Roma, comandantes militares que haviam ganhado uma grande batalha informavam o Senado enviando um pergaminho envolto em folhas de louro. Nas medalhas utilizadas nos Jogos do Rio, o louro aparece em uma das faces, representando “a relação entre as forças da natureza e os heróis olímpicos”, segundo o Comitê Organizador do evento.
TUDO NOVO NO RIO
Medalhas de 2016 têm inovações ecológicas e inclusivas
Direto da fábrica
O design dessas relíquias muda a cada ano. As do Rio foram elaboradas pela equipe de design do Comitê Rio 2016 e depois modeladas pelo departamento do Projeto de Produto e Desenvolvimento de Matrizes da Casa da Moeda. Sim, é essa mesma Casa da Moeda que você está pensando – a que imprime as notas de real. Ela também já havia cuidado da premiação do Pan de 2007.
Peso pesado
No total, mais de cem funcionários da Casa da Moeda Brasileira colaboraram na fabricação de 2.488 medalhas olímpicas e 2.642 paraolímpicas. Cada uma pesa 500 g, um recorde (as de Londres, em 2012, tinham 400 g). Também pela primeira vez o centro é ligeiramente mais elevado do que as bordas. Serão distribuídas ainda 75 mil medalhas de participação.
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Como uma deusa
A folha de louro, envolvendo o logotipo Rio 2016, está em uma das faces da versão olímpica. Na outra, há uma imagem de Nike, a deusa grega da vitória – obrigatória na honraria desde 2004. Já no modelo paraolímpico, ela foi substituída por uma inscrição em braile. Na Olimpíada, vencedores também ganharão uma escultura do logo e, na Paraolímpiada, um boneco do mascote Tom. Haverá três trilhas sonoras e três figurinos diferentes para os entregadores das medalhas, de acordo com a formalidade da ocasião.
Ouvindo o prêmio
Outra inovação muito legal está nas versões paraolímpicas: pela primeira vez, elas contêm um pequenoguizo em seu interior, que permitirá a atletas com deficiência visual diferenciar as medalhas de ouro (som forte), prata (som médio) e bronze (som fraco). Analistas acreditam que, no Rio, o Brasil terá seu melhor desempenho nas paraolimpíadas até hoje.
Ouro e prata juntos
A composição dos prêmios de prata e bronze também contém material reciclado, oriundo de equipamentos eletrônicos. Já o de ouro é 100% livre de mercúrio (uma substância tóxica usada na garimpagem). Mas ela não é feita só de ouro: seguindo o padrão de outros Jogos, ela leva só 6 g desse metal precioso (com 99,9% de pureza). O resto é prata, com 92,5% de pureza
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A natureza agradece
Vários detalhes do troféu também são ecológicos. A fita, por exemplo, é feita com 50% de garrafa PET reciclada. Os estojos são de madeira freijó, cultivada em áreas com atividade ambiental sustentável e socialmente responsável. Até os pódiuns de pinheiro, enfeitados com mangue de praia, foram elaborados para serem reutilizados como móveis após os Jogos
FONTE Comitê Organizador Rio 2016