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Por que o dólar está sempre mudando de valor?

Entenda o que determina a flutuação da moeda americana e quem se beneficia com o sobe e desce

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 8 out 2018, 14h53 - Publicado em 1 abr 2010, 17h25
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  • No Brasil, a cotação do dólar varia como o preço de qualquer produto comercializado: seguindo a lei da oferta e da procura. Resumindo, quando há dólar demais em circulação – ou seja, sobrando –, o valor dele diminui; quando há poucas verdinhas no mercado, elas ficam mais concorridas por quem compra e vende, e a cotação sobe.

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    O modelo vale para qualquer moeda no mercado internacional e influencia a vida de muita gente – especialmente de quem investe ou comercializa em moeda estrangeira.

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    A seguir, veja quem mais se dá bem com os altos e baixos do valor do dólar em relação ao real:

    Gangorra da fortuna

    Importador

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    Quem compra mercadoria estrangeira, como produtos têxteis, calçados e eletrônicos, se dá bem quando o dólar está “barato”. É que os produtos desembarcam com preços bem menores que os nacionais, aumentando o lucro de quem os traz de fora para vender

    Turista gringo

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    Com dólar valorizado, nossos bosques têm mais vida para os estrangeiros. No mesmo lado da moeda dá para dizer que, com o aumento do movimento turístico, o parque hoteleiro e as cidades preparadas para receber viajantes também saem ganhando com uma bela injeção de grana.

    Turista brasileiro

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    Com o real valorizado diante do dólar, destinos internacionais ficam mais perto do bolso. E dá para sacar isso até antes de embarcar: pacotes de viagem cotados em dólar costumam ter as parcelas fixadas em real na hora da compra, evitando aumento do valor mesmo se o dólar subir.

    Exportador

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    Quem vende para fora do Brasil, recebendo em dólar, se dá bem com a alta em relação ao real. É o caso dos produtores de carne brasileiros. Para ter mais segurança diante do sobe e desce da cotação, algumas empresas fixam o valor do dólar entre um piso e um teto para operar no exterior.

    Investidor nacional

    Grandes empresas brasileiras nascidas de fusão ou que são parte de pools – como a AmBev (Brahma + Antarctica etc.) – aproveitam o dólar baixo para investir no exterior.

    Banco central

    Os economistas do governo tentam mudar a cotação – nem sempre dá certo – por meio do Banco Central. O método é simples: com dólar baixo, o BC compra verdinhas, tirando-as de circulação para valorizar. Caso contrário, vendem-se dólares para saturar o mercado e desvalorizar a moeda americana.

    Investidor estrangeiro

    Quando a confiança do investidor gringo no Brasil – o famoso “risco-país” – está abaixo da média, as verdinhas param de chegar até rarear no mercado e valorizar-se diante do real. Isso anima investidores mais ousados a aproveitar sua moeda forte para reinjetar dólares no Brasil.

    Quer pagar quanto?

    No Brasil, moeda americana tem um preço para empresas, outro para pessoas físicas e um terceiro para os fora da lei. Entenda o que é cada um:

    Comercial

    Cotação usada por empresas e pelo governo em transações financeiras feitas no exterior. As bolsas de valores também operam pelo valor do comercial

    Turismo

    Compra e venda de passagens aéreas são regidas por essa cotação. Serve também para calcular o valor da conta do cartão de crédito usado no exterior

    Paralelo

    Esse é o valor “pirata” usado, por exemplo, pelos doleiros, que emprestam verdinhas em transações informais que rolam fora do controle do Banco Central.

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