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Por que o K2 é a montanha mais perigosa do mundo?

Avalanches, nevascas, paredões gigantescos, instabilidade climática: é o cardápio que espera os desbravadores do K2

Por Gabriela Portilho
Atualizado em 5 mar 2024, 16h03 - Publicado em 1 jul 2009, 16h55
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  • Por uma combinação de fatores como avalanches imprevisíveis e inclinação intensa. Com 8 611 metros, a segunda montanha mais alta do mundo – só perde para o Everest – é a campeã no quesito perigo. Para cada quatro alpinistas que chegam ao topo do K2, no Himalaia, um morre. “As condições são tão ruins que se passam anos sem que alguém chegue ao cume”, diz Waldemar Niclevicz, único brasileiro a vencer o pedregulho.

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    CONSULTORIA – Waldemar Niclevicz, alpinista brasileiro autor do livro Um Sonho Chamado K2

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    Cara de mau

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    O visual do rochedo já dá dicas do que está por vir. “Encostas de gelo e rochas expostas, como as do K2, indicam trechos de alta inclinação, em que nem a neve consegue parar”, diz Niclevicz. Não raro, os alpinistas têm que encarar blocos muito íngremes – como a Pirâmide Negra, um paredão de quase mil metros -, ou até com inclinações negativas!

    Abismos fatais

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    Pra quem viu o filme Limite Vertical, é fácil imaginar o drama de cair nas gretas, profundas e traiçoeiras rachaduras no gelo. Muitas dessas fendas são cobertas por neve, tornando-se legítimas arapucas. Para evitar surpresas, em alguns trechos, os alpinistas andam presos uns nos outros por cordas

    Na casa do chapéu

    Para chegar à base da montanha, é preciso percorrer, por sete dias, quase cem quilômetros de trilha acidentada – detalhe: a pé. E, se o Everest é habitado até os 5 mil metros de altitude, no K2 as últimas vilas estão a 3 mil metros. Ou seja, na descida o caminho de volta à civilização é bem mais longo

    Deserto de neve

    Diferentemente do Everest, que tem bosques e até algumas cachoeiras no percurso, o K2 é uma montanha muito árida. “Não há nem água potável. É um ambiente desolador, o que torna a subida psicologicamente ainda mais difícil”, conta Niclevicz

    Pra baixo nem todo santo ajuda…

    Mesmo se o sujeito chega vivo ao cume, nada de comemorar, pois agora é que “começa” o perigo: a maioria dos acidentes ocorre na descida. Esgotado, o alpinista não tem os mesmos reflexos, a concentração está debilitada e a tomada de decisões torna-se um suplício

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    Tempo ruim

    O K2 está sujeito a seis frentes de ar diferentes, por isso o (mau) tempo muda a toda hora. Além da baixa temperatura – a sensação térmica pode chegar aos 50 ºC negativos -, o inferno meteorológico conta com nevascas, neblina e ventanias de até 100 km/h! Em 1995, seis pessoas morreram depois de serem lançadas no abismo por um vendaval

    Olha o pesado!

    De cada quatro mortes ocorridas no K2, uma é provocada por avalanches: além de muito comuns – devido à alta inclinação da montanha -, são imprevisíveis. Não bastassem as avalanches, imensos blocos suspensos de gelo (os seracs) também podem se soltar da montanha e cair sobre os alpinistas

    Zona letal

    Nos 7 500 metros, cruza-se uma linha imaginária chamada “limite vertical”. “A partir daí, sabemos que o corpo começa a morrer”, diz Niclevicz. Para aproveitar melhor o oxigênio, o organismo produz mais glóbulos vermelhos, e o sangue fica mais denso. Como os vasos da ponta dos dedos são mais finos, o sangue custa a chegar a essas partes, que podem gangrenar

    Mal da montanha

    Nas regiões mais altas, o ar é bastante rarefeito. É aí que começa a rolar o “mal da montanha”, que pode provocar desde enjoos e dores de cabeça até edemas – inchaços no cérebro e no pulmão que levam à morte. E nem adianta gritar por socorro: o ar rarefeito dificulta muito a propagação do som

    DUELO DE GIGANTES

    Everest é mais alto, mas o K2 é mais letal

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    k2

    Altura – 8 611 m

    Pessoas que chegaram ao cume – 299

    Mortes – 77

    Taxa de fatalidade – 25,75 %

    Everest

    Altura – 8 848 m

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    Pessoas que chegaram ao cume – 2 972

    Mortes – 208

    Taxa de fatalidade – 7%

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