Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Por que os corpos celestes pegam fogo quando entram na atmosfera?

Por Tarso Araújo
Atualizado em 22 fev 2024, 11h27 - Publicado em 18 abr 2011, 18h24

Por dois motivos: o atrito com os gases que compõem a atmosfera e a combustão que acontece quando a concentração de oxigênio aumenta. Esses fenômenos fazem da atmosfera um verdadeiro escudo contra corpos que entram em rota de colisão com o planeta, protegendo-o de invasores meteóricos. “Eles começam a ser destruídos assim que entram nas camadas mais altas da atmosfera, mas a 100 quilômetros de altitude é que eles pegam fogo mesmo”, diz Roberto Barbosa, engenheiro do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial da Força Aérea Brasileira. Mas, se essa camada gasosa é tão impenetrável, como as naves que mandamos para o espaço conseguem voltar sãs e salvas? Elas também se desintegrariam, não fosse uma cuidadosa estratégia de reentrada, nome dado à fase da missão em que elas cruzam a atmosfera de volta ao planeta. Desde a Segunda Guerra Mundial existem estudos para que os mísseis driblassem o escudo atmosférico. A “corrida espacial” desenvolveu ainda mais esses conhecimentos até que, em 1960, a missão soviética Sputnik 5 foi a primeira a conseguir mandar uma nave para o espaço e trazê-la de volta sem fritar a tripulação – no caso, duas cadelas. Em 1961, Yuri Gagarin foi o primeiro homem a ir ao espaço – e voltar! Mas a reentrada ainda preocupa os astronautas: em 2003, o ônibus espacial Columbia explodiu justamente nessa etapa.

Penetração dolorosa Na chegada à atmosfera, corpos celestes enfrentam escudo gasoso

1. Quando um corpo celeste se aproxima da Terra, a milhares de quilômetros por hora, ele entra em contato com as moléculas de gases que compõem a atmosfera. Isso cria uma força de atrito que “freia” o invasor e gera um calor na casa de milhares de graus Celsius! O objeto vira brasa e começa a se desintegrar

Altitude – a partir de 100 km

2. Conforme diminui a altitude, a concentração de oxigênio aumenta e começa a combustão do corpo celeste, que costuma ser feito de materiais inflamáveis, como o carbono. O objeto pega fogo, até que se desintegra totalmente. Sabe as estrelas cadentes? São justamente esses corpos pegando fogo e depois apagando

Continua após a publicidade

Altitude – entre 50 e 85 km

Chapa quente Naves espaciais têm estratégias para se proteger dessa queimação

Mudança de rota

Uma nave em órbita a 800 quilômetros de altitude, como um ônibus espacial, gira ao redor do planeta a cerca de 26 mil km/h. Na hora da reentrada, ela freia para mudar sua trajetória em cerca de 3º em relação à órbita e cair devagar. O ângulo é de vida ou morte: se for maior que 3º, a nave cai em alta velocidade e pega fogo

Continua após a publicidade

Altitude – Entre 250 e 800 km

Nave de atitude

Uma reentrada segura também depende da atitude, posição e ângulo da nave em relação à Terra. As espaçonaves cônicas entram com a ponta para a frente, e o ônibus espacial vem de barriga, para aumentar a força de atrito que diminui a velocidade. Se a nave for esférica, a atitude não tem importância

Continua após a publicidade

Sem frescura

Mesmo com a velocidade menor, as naves espaciais ficam com a superfície muuuito quente. Para evitar que os astronautas derretam lá dentro, várias tecnologias são usadas. O ônibus espacial, por exemplo, usa revestimento térmico especial, feito de cerâmica, capaz de agüentar os 1 650 ºC na sua parte de baixo

À espera da janela

A previsão do tempo é fundamental para quem volta do espaço. O serviço de meteorologia determina as janelas de reentrada, momentos em que as condições climáticas são ideais para voltar à Terra. Qualquer chuva, ventania ou tempestade elétrica na ionosfera podem causar imprevistos fatais para a missão

Altitude – Qualquer lugar entre 20 e 250 km

Bate e volta

Mas nem sempre a reentrada dá certo. Dependendo da velocidade, do formato e da atitude com que um corpo entra na atmosfera, ele pode ricochetear de volta, igualzinho a uma pedra chata atirada no lago. Isso acontece porque a atmosfera, como a água, é um fluido – a diferença é que ela é gasosa, em vez de líquida

LEIA MAIS

– Quando o homem começou a estudar o espaço?

Continua após a publicidade

– Pode existir um planeta com mais de uma estrela?

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.