Trata-se de uma reação involuntária, causada pela impressão de imponderabilidade (estar frente ao desconhecido e ao imprevisível) ou de falta de peso causada pela inércia dos órgãos abdominais, que não são corpos rígidos e têm certa mobilidade. “Os órgãos possuem células nervosas chamadas mecanoreceptores, que detectam mudanças bruscas de aceleração, causadas basicamente por aumento ou redução na ação da gravidade”, afirma o fisiologista Gilberto Xavier, da USP. Assim quando deslizamos, por exemplo, dentro de um carrinho montanha-russa abaixo, a queda é tão brusca que não há tempo para os órgãos se adaptarem à nova condição – ou seja, descemos, mas nossas vísceras como que permanecem no mesmo lugar onde estavam.
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Essa náusea instantânea ocorre também nas subidas e é acentuada por uma inspiração profunda involuntária – reflexo condicionado que ocorre sempre que nos sentimos diante de algum perigo iminente. Durante a queda ou a subida, a concentração de átomos eletricamente carregados dentro das células muda rapidamente, devido a uma mudança estrutural na membrana. A mensagem elétrica é, então, enviada para o cérebro, que processa a informação e a transforma no sintomático frio na barriga.