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Quais foram os trotes mais cruéis do Brasil?

A primeira morte aconteceu em 1831. De lá para cá, várias outras "recepções" passaram (e muito) do ponto

Por Mariana Nadai
Atualizado em 22 fev 2024, 10h48 - Publicado em 24 jan 2012, 18h48
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  • O primeiro trote universitário no país, em 1831, acabou em morte na Faculdade de Direito de Olinda. Desde então, a maioria das instituições repudia formalmente prática vexatórias e violentas. Mas o ritual continua e, eventualmente, casos do tipo ainda.

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    10. Pegando Pesado

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    Faculdade: Universidade Estadual Paulista (Unesp)

    Curso: Engenharia

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    Ano: 1993

    A festa de recepção aos calouros em Guaratinguetá, no vale do Paraíba, se transformou em momentos de horror para um dos estudantes recém-ingressos na instituição. O garoto foi humilhado na frente de todos pelos veteranos do curso. Durante o evento, ele foi agredido pelos colegas e obrigado a amarrar um peso de 7 kg nos seus órgãos genitais. Logo após a violência, ele abandonou a faculdade.

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    9. Trote picado

    Faculdade: Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

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    Curso: Agronomia

    Ano: 2006

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    No interior de Minas Gerais, um calouro foi despido e coberto de tinta. Não contentes, os veteranos ainda o obrigaram a deitar sobre um formigueiro. O estudante recebeu mais de 250 picadas e foi internado. A UFU expulsou dois alunos e suspendeu outros 13. Um deles tentou recorrer da decisão, explicando que o trote foi realizado fora do campus, mas não obteve sucesso.

    8. Obedece ou apanha

    Faculdade: Centro Universitário de Araraquara (Uniara)

    Curso: Diversos

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    Ano: 2000

    Após recusarem ter seus cabelos raspados durante a recepção, dois novatos foram agredidos por veteranos da instituição, em Araraquara. Eles receberem chutes na cabeça e foram hospitalizados com vários ferimentos. Um deles recebeu alguns pontos na boca e o outro sofreu amnésia temporária. Traumatizados, os alunos deixaram de frequentar a universidade pelo resto do ano.

    7. Surpresa quente

    Faculdade: Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (Unifeb)

    Curso: Diversos

    Ano: 2010

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    Sete estudantes da universidade em Barretos, interior de São Paulo, foram recebidos com jatos de creolina – um desinfetante industrial altamente corrosivo. Todos sofreram queimaduras de primeiro grau. O caso foi investigado pela polícia, mas acabou arquivado pelo Ministério Público de São Paulo um mês depois.

    6. Bebida em excesso

    Faculdade Universidade Federal de Rio Grande (Furg)

    Curso: Engenharia da Computação

    Ano: 2010

    O trote é proibido na instituição desde 2004, mas os estudantes costumam dar as festas de boas-vindas fora da universidade. E, em uma das comemorações, que aconteceu a 50 metros do campus, os veteranos passaram dos limites e forçaram dois calouros a ingerir uma quantidade exagerada de bebida. Os garotos entraram em coma alcoólico e foram internados.

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    5. Tarefas desumanas

    Faculdade: Centro Universitário Anhanguera Educacional

    Curso: Medicina veterinária

    Ano: 2009

    Em Leme, interior de São Paulo, um calouro foi chicoteado, forçado a beber pinga e a rolar em excremento de animais, além de ser amarrado a um poste e sofrer agressões. O garoto entrou em coma alcoólico e, abandonado na rua, foi internado como indigente. Ele deixou a universidade, que abriu uma sindicância para apurar o caso.

    4. Durante o sono

    Faculdade: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

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    Curso: Medicina

    Ano: 1998

    Um rapaz teve fogo ateado em seu corpo durante o Mata-Toma, tradicional festa de recepção de calouros, em Sorocaba. Após passar pelas repúblicas para beber, o garoto parou para descansar em um sofá. Enquanto dormia, outros estudantes resolveram abusar dele, colocando fogo em suas roupas. Ele teve 25% do corpo queimado. O caso levou à expulsão de cinco alunos envolvidos

    3. Passou dos limites

    Faculdade Universidadede Mogi das Cruzes

    Curso: Jornalismo

    Ano: 1980

    Em Mogi das Cruzes, município da grande São Paulo, um trote acabou em tragédia. Um calouro estava no trem da estação Estudantes, que liga a cidade à capital paulista, quando foi abordado por um veterano da universidade. Ao proibir que cortassem seu cabelo, o rapaz foi espancado até entrar em coma. Ele não resistiu aos ferimentos. O agressor foi condenado a cinco anos de prisão.

    2. Banho da morte

    Faculdade: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

    Curso: Medicina

    Ano: 1962

    Durante a festa de recepção, um dos novatos foi pego pelos veteranos do curso para uma “brincadeira” de boas-vindas. Forçado a se despir completamente, o garoto foi obrigado a entrar em um barril cheio de água misturada com cal. O estudante teve boa parte do corpo queimada e acabou morrendo. Três anos depois do incidente, em 1965, a PUC proibiu o trote na instituição.

    1. Forçando a barra

    Faculdade: Universidade de São Paulo (USP)

    Curso: Medicina

    Ano: 1999

    O caso mais emblemático de trote violento aconteceu há 13 anos na USP. Um dia após a festa de recepção, o calouro Edison Tsung Chi Hsueh foi encontrado morto no fundo da piscina da instituição. Após ser pintado, Edison seguiu, junto com outros calouros, para a atlética da USP, onde teria sido forçado a entrar na piscina sem saber nadar. Quatro estudantes foram acusados pela morte do rapaz. Eles foram denunciados pelo Ministério Público, mas, em 2006, o caso foi arquivado pelo Superior Tribunal de Justiça por falta de provas e os estudantes foram inocentados.

    FONTES: Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, O Globo; Sites: antitrote.org, guiadoscuriosos.com.br, conjur.com.br, guiadoestudante.abril.com.br

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