Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Quais os principais enigmas da Ilha de Páscoa?

Um pedacinho de terra chilena em plena Polinésia, essa ilhota de 24 quilômetros de comprimento por 12 quilômetros de largura sempre fascinou místicos e esotéricos de todo o planeta. Motivos para isso não faltam, a começar por seu formato triangular, com uma cratera vulcânica em cada ponta. Sua estrela principal, porém, são os moais, aquelas […]

Por José Augusto Lemos
Atualizado em 6 mar 2024, 09h24 - Publicado em 18 abr 2011, 18h59
  • Seguir materia Seguindo materia
  • ilha-de-pascoa-estatua

    Um pedacinho de terra chilena em plena Polinésia, essa ilhota de 24 quilômetros de comprimento por 12 quilômetros de largura sempre fascinou místicos e esotéricos de todo o planeta. Motivos para isso não faltam, a começar por seu formato triangular, com uma cratera vulcânica em cada ponta. Sua estrela principal, porém, são os moais, aquelas famosas esculturas de pedra erigidas para cultuar antepassados que haviam se destacado como reis, guerreiros ou sacerdotes. A civilização que os esculpiu viveu seu auge entre 1400 e 1600, deixando cerca de 900 moais espalhados pela ilha

    Publicidade

    DE ONDE ELES VIERAM

    Publicidade

    Acredita-se que os ancestrais dos pascoenses foram os mesmos que criaram os veleiros chamados até hoje de catamarãs e partiram da Indonésia, por volta de 8000 a.C., para povoar todo o Pacífico Sul. Demoraram 9 mil anos para alcançar os extremos da Polinésia: Páscoa, Nova Zelândia e Havaí. Em 1947, o norueguês Thor Heyerdahl ficou famoso tentando provar que os pascoenses eram originários do Peru, fazendo o trajeto contrário em uma canoa de junco. Mas hoje estudos genéticos indicam que eles vieram mesmo do Oriente, pela rota acima

    O RITUAL DO HOMEM-PÁSSARO

    Publicidade

    Desenhos estranhos de figuras com cabeça de pássaro são vistos em rochas na beirada da cratera de Rano Kau. O local era centro do ritual do Homem-Pássaro, no qual os melhores guerreiros de cada tribo pulavam penhasco abaixo, para nadar até três ilhotas onde um pássaro migratório fazia seu ninho. O primeiro a voltar com um ovo dessa ave era declarado homem-pássaro e sua tribo governava a ilha durante um ano

    UM PORTO FEITO DE PEDRAS

    Publicidade

    O centro arqueológico mais importante da ilha é formado por três altares de moais. Ali estão também os restos de um porto, com uma rampa toda pavimentada de pedra, usada para lançar canoas e catamarãs ao mar. Nas escavações surgiram ainda as fundações de várias casinhas de pedra, que eram a principal moradia dos pascoenses, junto com as cavernas da ilha

    AHU AKIVI

    Publicidade

    O primeiro altar de moais a ser restaurado, ainda nos anos 60, é o único no interior da ilha, e também o único que fica de frente para o mar

    CRATERA DE RANO RARAKU

    Publicidade

    Nas encostas desta cratera eram esculpidos todos os moais. Lá estão, ainda, mais de 300 deles, muitos incompletos, encravados na pedreira

    AHU NAU NAU

    O altar de moais junto à praia de Anakena tem algumas das estátuas mais bem conservadas da ilha, com excelente definição dos traços faciais, de braços, mãos e abdome

    AHU TONGARIKI

    O maior de todos os altares da ilha, com 200 m de extensão e 15 moais. Foi destruído por um maremoto em 1960 e restaurado 30 anos depois

    ESTÁ ESCRITO. SÓ NÃO SE SABE O QUÊ

    Não eram só os egípcios que tinham hieróglifos. Os pascoenses usavam um sistema parecido: o rongo-rongo, a única linguagem escrita de toda a Polinésia gravada em tabletes de madeira. Até hoje ninguém conseguiu decifrar o que esses símbolos querem dizer

    CILINDRO CAPILAR

    Parece um chapéu, mas representa o cabelo amarrado em coque, como usavam os pascoenses de antigamente. O adereço, chamado pukao era esculpido em uma cratera só de rocha avermelhada

    A BASE DO CULTO

    A plataforma em que eram erguidos os moais, chamada ahu, servia de altar no culto aos antepassados. Há sinais de que era usada também como crematório

    E assim caminhavam as estátuas… Arqueologia já tem resposta para o maior mistério pascoense

    1. Todos os moais eram esculpidos na cratera do vulcão Rano Raraku, diretamente em suas encostas de cinza vulcânica, uma rocha mais maleável e fácil de esculpir, porém menos resistente. Depois de prontos, acredita-se que eram colocados em pé a fim de serem preparados para o transporte, uma das operações mais delicadas

    2. O maior mistério da ilha sempre foi como os moais eram transportados para os altares na costa, a até 10 quilômetros de distância. A teoria mais aceita foi demonstrada pela arqueóloga Jo Anne Van Tilburg, prendendo as estátuas em forquilhas de troncos de árvore e cordas de fibra vegetal

    3. O último retoque era a colocação do pukao, o chapeuzinho representando os cabelos, que coroava o moai. A estátua era, então, finalmente erguida sobre a plataforma-altar, com a ajuda de pedras empilhadas

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.