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Quais os segredos das cédulas de real para impedir falsficiações?

Produzir cada nota de R$ 100 custa R$ 0,24. Isso porque ela conta com faixas holográficas, fio de segurança, elementos fluorescentes, marca d'água...

Por Bruno Machado
Atualizado em 22 fev 2024, 10h09 - Publicado em 16 nov 2017, 13h54
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  • Para evitar que notas falsas sejam criadas, a Casa da Moeda aplicou diversos recursos em todas elas: marcas-d’água, impressões em alto-relevo, microimpressões e imagens e números fluorescentes ou escondidos. Nas notas de R$ 10 e R$ 20, os algarismos que indicam o valor são impressos com efeito metálico, que muda de cor ao mexermos na nota. A partir desses valores, as notas também têm um fio de segurança, embutido no papel durante a impressão. E as cédulas de R$ 50 e R$ 100 contêm uma faixa metálica, com elementos holográficos que mudam de cor.

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    As primeiras notas do real foram criadas em 1994 e são chamadas de Primeira Família. O design foi atualizado a partir de 2010, quando começou a surgir a Segunda Família. A de R$ 1 foi descontinuada em 2006 para reduzir os custos de fabricação, já que as moedas duram mais que o dinheiro de papel.

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    REAL
    Criação 1994
    N° de cédulas 6
    Cédulas em circulação 5,8 trilhões
    Países que usam Brasil

     

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    (Reprodução/divulgação/Mundo Estranho)

    Custo de produção (2013) R$ 0,17

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    Animal Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). É uma das cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas na costa brasileira. Corre risco crítico de extinção devido à caça indiscriminada.

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    (Reprodução/divulgação/Mundo Estranho)

    Custo de produção (2013) R$ 0,17

    Animal Garça (Casmerodius albus). É considerada muito representativa da nossa fauna, por ser encontrada em todo o país, em lagos e rios. No passado, foi muito caçada por causa de suas egretas, penas utilizadas para decorar chapéus femininos.

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    Custo de produção (2012) R$ 0,18

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    Animal Arara-vermelha (Ara chlorepterus). Ave de grande porte, típica não só do Brasil mas de outros países latino-americanos. Não corre risco de extinção, embora tenha desaparecido de estados onde era comum, como ES, BA e RJ.

     

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    Custo de produção (2012) R$ 0,20

    Animal Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia). Espécie típica da Mata Atlântica, é muito sociável, o que o torna presa fácil de caçadores. Símbolo de luta pela preservação das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

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    (Reprodução/divulgação/Mundo Estranho)

    Custo de produção (2010) R$ 0,23

    Animal Onça-pintada (Panthera onca). Terceiro maior felino do mundo e o maior das Américas. O comércio internacional de suas partes é proibido, mas a caça ilegal movimenta um grande mercado, colocando-o em alto risco de extinção.

    (Reprodução/divulgação/Mundo Estranho)

    Custo de produção (2010) R$ 0,24

    Animal Garoupa-verdadeira (Epinephelus marginatus). Peixe muito comum no Sudeste. Pode atingir até 120 cm e viver até 50 anos. O risco de extinção é devido à pesca indiscriminada, alimentada pelo mercado da alta gastronomia

     

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    ELEMENTOS DE DESIGN E SEGURANÇA

    1) Faixas holográficas
    Exclusivas das notas de R$ 50 e R$ 100. Ao movimentá-las, é possível ver a alternância entre o valor e a palavra “reais”, e diferentes cores em outra ilustração do animal.

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    2) Elementos fluorescentes
    Sob a luz ultravioleta, o valor aparece em amarelo, do lado esquerdo, e vermelho, do lado direito. Pequenos fios e fibras invisíveis, espalhados pelo papel, tornam-se visíveis.

    3) Marca-d’água
    Contra a luz, surge outra imagem do animal que ilustra a nota.

    4) Efígie da República
    Personifica o Estado e o regime republicanos. Surgiu em representações que datam da Revolução Francesa (1789) e se tornou um dos símbolos oficiais do Brasil.

    5) Fio de segurança
    Também visível contra a luz. Sempre transpassa a efígie da República. Está em todas as cédulas, exceto as de R$ 2 e R$ 5.

    6) Legendas
    Na frente, o nome oficial do Estado Brasileiro e, no verso, o órgão responsável pela emissão das cédulas. Próximo à frase “Deus Seja Louvado”, um conjunto de letras e números que indica o valor de face da cédula e a posição dela na folha de impressão. Nas notas de R$ 2, a letra é “B”, nas de R$ 5, “C”, e assim por diante.

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    7) Número de série
    Aparece em vermelho e em tamanhos crescentes. Os dois primeiros caracteres indicam, respectivamente, o ano (A é 2010, B é 2011 etc.) e o mês de fabricação (A é janeiro, B é fevereiro etc.).

    8) Chancelas
    Assinaturas do Ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central (atualmente, Henrique Meirelles e Ilan Goldfajn, respectivamente).

    9) Elemento escondido
    Indica o valor da cédula. Também é revelado no contraluz.

    10) Quebra-cabeças
    Vistos contra a luz, elementos na frente e no verso da nota compõem o valor da cédula.

     

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    Deus nem sempre louvado

    A polêmica em torno da frase religiosa no dinheiro

    Não há lei que obrigue o Banco Central a imprimir as cédulas com a inscrição “Deus Seja Louvado”. Ela começou a aparecer no cruzado, nos anos 1980, sob decreto do presidente José Sarney. Em 2012, o Ministério Público Federal rejeitou um pedido para exclusão dos dizeres. O argumento: o Estado brasileiro é laico, porém não ateu, e o Deus evocado é abstrato, e não relacionado a uma religião específica. Algumas das primeiras remessas de cédulas de real, no entanto, foram impressas sem a frase e hoje, pela raridade, podem valer até R$ 2.800.

     

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    FONTES Sites Banco Central do Brasil, O Globo, O Estado de S. Paulo, Conjur e Gazeta do Povo

     

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