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Qual a diferença entre remédio genérico, de marca e similar?

Remédio de marca é um medicamento inovador, inédito no mercado, genérico é um clone perfeito do remédio de marca e similar é uma cópia “aproximada” desse medicamento. Vamos explicar essas diferenças dando uma idéia de como se inventa uma nova droga. Para criar um remédio de marca, é preciso descobrir um princípio ativo, ou seja, […]

Por Rodrigo Rezende
Atualizado em 22 fev 2024, 11h12 - Publicado em 18 abr 2011, 18h50
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  • Remédio de marca é um medicamento inovador, inédito no mercado, genérico é um clone perfeito do remédio de marca e similar é uma cópia “aproximada” desse medicamento. Vamos explicar essas diferenças dando uma idéia de como se inventa uma nova droga. Para criar um remédio de marca, é preciso descobrir um princípio ativo, ou seja, uma substância química que seja capaz de curar uma doença. É um trabalho duro, que pode levar décadas e torrar milhões de dólares em pesquisa. Para compensar a ralação, a lei de patentes do Brasil garante que o laboratório que cria um novo remédio possa recuperar seu investimento vendendo a invenção sem concorrentes, por até 20 anos. Quando esse prazo acaba, outros laboratórios podem copiar o princípio ativo da droga para lançar uma cópia exata, o genérico. Mas isso não basta: antes de chegar às prateleiras, um genérico precisa ser aprovado por testes de equivalência farmacêutica e de bioequivalência, que vão medir se ele funciona no corpo humano igualzinho à droga inovadora. É nessa parte da história que entram os similares: eles também são cópias dos remédios de marca, só que eles agem de uma forma um pouco diferente no organismo. Por isso, eles não foram aprovados pelos tais testes farmacêuticos. Como é possível que eles estejam nas prateleiras? Seguinte: até 1996, o Brasil não tinha uma lei de patentes para proteger as drogas inovadoras. Aí, qualquer laboratório podia copiar o remédio de marca e tascar na farmácia, na forma de similar. A vantagem é que eles são mais baratos (e muitos deles são confiáveis), mas vale perguntar para o seu médico se ele recomenda o similar que você está pensando em levar. Na farmacinha ao lado, a gente aprofunda a distinção entre esses três tipos de droga, explicamos o que significam os nomes na caixa dos remédios e mostramos as diferenças entre os tipos de tarja.

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    Na Internet:

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    https://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/faq/cidadao.htm

    Na caixa
    Embalagem traz sete informações

    Dosagem

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    Nome fantasia

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    Princípio ativo

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    Informação Adicional

    Forma farmacêutica

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    Tipo de receita

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    Nome do laboratório

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    Original, clone e xerox
    Só os genéricos são cópias idênticas dos de marca

    Remédio de marca

    É o medicamento inovador, criado a partir de alguma nova substância sintetizada em laboratório, o chamado princípio ativo. Para desenvolvê-lo, gastam-se décadas e milhões de dólares — por isso, remédios de marca são protegidos por leis que garantem exclusividade nas farmácias por até 20 anos. Na embalagem, o remédio traz um nome inventado (o nome “fantasia”), o do princípio ativo e o da empresa que criou a fórmula

    Genérico

    Indicado por uma tarja amarela na embalagem, é uma cópia fiel do remédio de marca: possui o mesmo princípio ativo (que, aliás, é o “nome” do genérico), a mesma dosagem, a mesma forma farmacêutica e age de maneira idêntica no organismo. A vantagem é o preço, em média 40% mais baixo que o remédio de marca. Para certificar a semelhança, o genérico precisa passar por exames que comprovem a equivalência antes de chegar à prateleira

    Similar

    Também é uma cópia do medicamento de referência, mas não tão exata quanto o genérico. Como o similar não é aprovado pelos testes farmacêuticos de equivalência, não dá para considerá-lo um substituto perfeito do remédio de marca. A caixa traz um nome fantasia, o do princípio ativo e o da empresa que copiou o medicamento. Apesar de ele ser barato, a dica é sempre perguntar para o seu médico se o similar que você quer comprar é confiável

    Aquarela farmacêutica
    Cor da tarja depende dos efeitos colaterais

    Tarja preta

    Indica que o remédio tem alto risco de apresentar efeitos colaterais — o principal problema é a possibilidade de o paciente se viciar. Usados geralmente para tratamento de problemas psíquicos, como depressão e esquizofrenia, os de tarja preta só podem ser vendidos com receita especial, que fica com o farmacêutico depois da compra

    Tarja vermelha com retenção de receita

    Mostra que o medicamento pode causar efeitos colaterais, embora não seja tão perigoso e tenha menor poder viciante que os de tarja preta. Entre os medicamentos desse tipo estão certos anabolizantes e antidepressivos como o Prozac. Para comprá-los, também é preciso apresentar uma receita que fica na farmácia

    Taraja vermelha

    Significa que o remédio pode causar efeitos colaterais e só pode ser vendido com receita médica — mas não é preciso deixá-la com o farmacêutico porque, em tese, os de tarja vermelha não são tão perigosos quanto os de tarja preta. Na prática, muitas farmácias não exigem receita para vender esses remédios, aumentando o perigo da automedicação

    Sem tarja

    Também conhecidos pela sigla OTC (do inglês over the counter, “em cima do balcão”), os remédios sem tarja podem ser vendidos sem receita médica porque têm efeitos colaterais mais amenos. De novo, o grande perigo é que o paciente exagere na dose ou resolva comprar remédios sem antes passar no médico

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