A melhor maneira é fazer uma avaliação pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado levando-se em conta o peso e a altura da pessoa. “Esse índice é muito bom para se ter uma idéia da população por ser de fácil averiguação e chegar a uma média próxima à realidade, apesar de, individualmente, existirem outros métodos mais precisos”, diz a nutricionista Carla Avesani, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Isso porque o IMC não tem condições de avaliar a composição do peso de cada pessoa, ou seja, não distingue o que é chamado pelos especialistas de massa magra (ossos, músculos, água e vísceras) do que é mesmo aquela gordurinha indesejável. Quer um exemplo? Um atleta muito musculoso pode apresentar um IMC alto, que indicaria um inexistente excesso de peso, apesar de ser apenas bastante forte.
Quando o assunto é desnutrição, o IMC também não pode ser escolhido como o único indicador. Uma pessoa aparentemente com o peso normal pode ser considerada desnutrida se estiver com baixos índices no sangue de uma proteína chamada albumina sérica. Num exame laboratorial, qualquer número abaixo de 3,4 miligramas de albumina por decilitro de sangue chama a atenção dos especialistas. Segundo a Organização Mundial de Saúde cerca de 800 milhões de pessoas em todo o planeta sofrem de desnutrição. Mas o número de indivíduos com sobrepeso é ainda maior: 1 bilhão! A obesidade aumentou muito nas últimas décadas no mundo todo por uma simples questão matemática: as pessoas estão consumindo mais energia do que gastam, tanto por comerem mais como por se exercitarem menos.
Apesar de não ser o único indicador que deve ser levado em conta, o Índice de Massa Corporal (IMC) ajuda os especialistas a identificar quem está com os números da balança muito acima ou muito aquém do que deveria. Nos quadros ao lado e abaixo, estão seis faixas de peso, com a indicação do IMC de cada uma delas. Para calcular seu índice, basta dividir seu peso em quilos por sua altura em metros elevada ao quadro. Veja o exemplo do cálculo para alguém com 50 quilos e 1,60 metro de altura:
50 = 50 = 19,5 de IMC
1,6 x 1,6 2,56
DESNUTRIÇÃO (IMC MENOR QUE 16)
Quem apresenta índice menor que 16 tem grandes chances de estar com desnutrição grave. Para que o organismo de alguém nesse estado continue funcionando, os próprios músculos são “consumidos”, virando uma fonte de energia
MAGREZA (IMC ENTRE 16,1 e 18,4)
Nessa faixa a pessoa ainda pode estar propensa a problemas de saúde ligados à desnutrição. O mais incrível é que a maioria das modelos se encaixa nesse patamar de peso, que está abaixo do recomendado pelos especialistas
NORMALIDADE (IMC ENTRE 18,5 e 25)
Se você fez as contas e descobriu que seu IMC está dentro desse intervalo, parabéns. Continue assim pois essa é a relação ideal de ser mantida entre peso e altura, livre dos problemas ligados à desnutrição e sem as preocupações com a obesidade
SOBREPESO (IMC ENTRE 25,1 e 29,9)
Aqui começa o outro lado do problema, ou seja, os tais quilinhos a mais. Entretanto, quem está nesse patamar ainda está muito próximo de ficar de bem com a balança, basta conseguir uma alimentação mais saudável e se dedicar um pouco mais a atividades físicas
OBESIDADE (IMC ENTRE 30 e 39,9)
O excesso de peso na silhueta já não deixa dúvidas e, além do desconforto estético, ganha proporções mais sérias, ameaçando a saúde da pessoa. Os obesos têm, por exemplo, três vezes mais chances de ter problemas de hipertensão e diabetes
OBESIDADE MÓRBIDA (IMC ACIMA de 40)
Quem chegou até aqui precisa, com urgência, perder muitos quilos de peso, pois está correndo risco de morte. As cirurgias de redução do estômago, opção radical para fazer a pessoa comer menos, são indicadas principalmente para os obesos mórbidos