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Que animais vivem no deserto?

Lei seca

Por Yuri Vasconcelos
Atualizado em 22 fev 2024, 11h28 - Publicado em 18 abr 2011, 18h24

Bicho é o que não falta nos desertos do planeta. Na região central do deserto do Saara, o maior do mundo, já foram descritas 70 espécies de mamíferos, 90 de pássaros residentes (excluindo os migratórios) e por volta de 100 de répteis, entre outros animais. Essa bicharada enfrenta, além da falta de água e do clima extremamente seco, grandes oscilações de temperatura ao longo do dia. Pela manhã e à tarde, faz um calor de rachar – mais de 50 graus nos meses mais quentes -, enquanto à noite o frio é tão intenso que a temperatura pode cair abaixo de zero. Esse rigor climático obriga os animais a adotar curiosas estratégias de sobrevivência. Muitos deles, como cobras, raposas e roedores, só deixam sua casa à noite, quando o calor dá um tempo. Outros apelam: certas espécies de urubus nos desertos do sul dos Estados Unidos urinam nas próprias pernas para se refrescar.

 

Narinas, olhos e até orelhas dos animais do deserto são adaptados para sobreviver ao clima inóspito

DROMEDÁRIO

NOME CIENTÍFICO – Camelus dromedarius

TAMANHO – 2 m e 690 kg

ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA – Este parente do camelo fica até 17 dias sem beber e comer, mas, quando acha uma fonte de água, engole 100 litros em 10 minutos! Uma fileira extra de cílios protege os olhos e a musculatura das narinas permite que ele barre a entrada de areia. A corcova e as patas são adaptadas ao deserto, veja abaixo:

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ADAX

NOME CIENTÍFICO – Addax nasomaculatus

TAMANHO – 1,7 m e 92 kg

ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA – Este grande antílope, maior animal nativo do Saara, pode passar meses na seca. Herbívoro, ele come gramíneas, de onde retira a água de que necessita. Vive em bandos de 5 a 20 animais e tem hábitos noturnos ou crepusculares. De dia, protege-se do calor descansando em covas escavadas na areia

VÍBORA CHIFRUDA

NOME CIENTÍFICO – Cerastes cerastes

TAMANHO – 30 a 60 cm

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ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA – Quando a cobra se enterra, apenas os dois chifres ficam à mostra. Bichos incautos pensam que os chifres são comida e se aproximam, tornando-se presas fáceis para o bote. A chifruda também é uma das serpentes mais flexíveis do planeta e adota uma forma peculiar de locomoção, que mostramos abaixo:

JERBOA

NOME CIENTÍFICO – Jaculus orientalis

TAMANHO – 16 cm e 140 g

ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA – Seus rins produzem xixi altamente concentrado, minimizando a perda de água. Para não torrar, ele vive em tocas cavadas em até 1,5 metro de profundidade, onde o solo úmido deixa a temperatura mais fresca. Ele faz ainda tocas provisórias para escapar de seus predadores, como o feneco

CROCODILO-DO-NILO

NOME CIENTÍFICO – Crocodylus niloticus

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TAMANHO – 5 m e 500 kg

ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA – Os crocodilos originais dessa espécie vivem em rios, mas já foram encontrados em lagoas e pântanos no deserto. Quando a água evapora, eles cavam buracos na areia e “hibernam”: ficam quietinhos e sem comer. Como vivem no limite, são menores que os parentes: têm só 1,5 metro em média

LAGARTO DO DESERTO

NOME CIENTÍFICO – Varanus griseus

TAMANHO – 80 cm e 180 g

ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA – A posição de suas narinas, próximas aos olhos, permite que o lagarto fique enterrado se escondendo do sol. Entre novembro e março, ele hiberna.Quando ativo, corre a cerca de 30 km/h, habilidade essencial na hora da caça. Suas vítimas preferidas são pequenos mamíferos, pássaros, escorpiões e cobras

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ESCORPIÃO DO DESERTO ISRAeLENSE

NOME CIENTÍFICO – Leiurus quinquestriatus

TAMANHO – 9 a 11 cm e 30 g

ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA – O escorpião só sai de seu abrigo (ocos debaixo de pedras ou buracos) à noite e absorve água da carne de vermes, grilos e outros insetos. Suas fezes são extremamente secas, pois o bicho tem um índice de perda de água de apenas 0,01% do seu peso por hora, o mais baixo entre todos os animais do deserto

FENECO

NOME CIENTÍFICO – Vulpes zerda

TAMANHO – 30 cm e 1,5 kg

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ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA – Menor membro da família dos canídeos, o feneco praticamente não precisa beber água, pois a extrai de suas presas ou da vegetação. As orelhas grandes (1/4 de seu tamanho) ajudam a dissipar o calor e ajudam a achar suas presas (jerboa, insetos e pássaros) escondidas sob a areia

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