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Retrospectiva 2015: 10 séries que foram canceladas (graças a Deus!)

É hora de relembrar Revenge, Under the Dome, CSI e outros shows que cederão espaço na sua programação para séries bem mais legais

Por Marcel Nadale
Atualizado em 22 fev 2024, 10h32 - Publicado em 27 nov 2015, 15h09
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1) Revenge

Vingança é um prato que se come cru. Mas não para Emily/Amanda. A protagonista levou quatro temporadas para se vingar da incriminação e do assassinato do pai. Deu tempo de preparar o prato, cozinhar, jogar fora, começar de novo, cozinha, enfeitar, empratar (#masterchef) e comer beeeeeeeeeeem devagar. Aliás, demorou tanto que o pai até voltou dos mortos, neste último e sofrido ano. Graças a Deus a série levou um tiro de misericórdia, porque não havia mais parentes dos Grayson/Thorne para surgir do nada.

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2) CSI

CSI era tão velho que nossa faixa jovem dos leitores nem imaginam que, 15 anos atrás, ele era um verdadeiro monstro na audiência dos EUA. Tipo Lost + Pretty Little Liars + Demolidor + How to Get Away with Murder. Era só o que todo mundo discutia. Até capa da ME já foi (nossa edição 37, veja que antigo). O show teve o mérito de durar mais que dois spin-offs (Miami e New York) e ganhou permissão do canal que o exibia para realizar um series finale digno, reunindo boa parte do elenco que já havia ido lustrar impressão digital em outras séries por aí. Ted Danson, coitado, sobreviveu, e foi transplantado para o elenco de CSI: Cyber (sim, ainda existe um spin-off no ar. E até que é divertido)

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3) Extant

O show que jogou Halle Berry no espaço sideral e a trouxe de volta infectada com um bebê alien até tentou corrigir seu rumo com a segunda temporada. Os caras chegaram ao ponto de matar o marido da protagonista para deixá-la mais “interessante”. O show realmente melhorou, mas não conseguiu sobreviver ao peso dos próprios clichês e se tornou mais um item na longa lista de escolhas erradas na carreira de Halle. (A gente simplesmente prefere acreditar que a série foi apenas um enorme WordArt da atriz anunciando “OLÁ, TENHO INTERESSE” a qualquer outro produtor de TV nos EUA. Se Deus quiser, ela volta ao ar em algo melhor. Preferencialmente, sem crianças-robô)

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4) Under the Dome

Imagine a seguinte situação. Em três semanas você passa pelo estresse de um evento sobrenatural, uma miniguerra civil, uma sucessão de tentativas de assassinato, um eventual contato alienígena, a morte da sua amiga, a ressurreição de alguém que morreu há décadas, depois a morte da sua mãe, depois a morte da sua OUTRA mãe. Tudo isso em MENOS DE UM MÊS. Provavelmente você estaria chorando em posição fetal e tuitando “Queria estar morta” (e realmente sendo sincera). Mas isso só porque você não é protagonista desta série bizarra, que durou três temporadas exclusivamente porque, um dia, ela teve uma vaga ligação com um livro mais ou menos do Stephen King. Foi encerrada porque o domo que caiu sobre Chester’s Mill começou a se tornar mais verossímil do que o estado mental dos personagens

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5) The Following

Você sabe que os deuses da televisão são injustos quando uma série sobre serial killers como essa teve tantas temporadas quanto Hannibal, que era muito melhor (e também foi cancelada este ano, para nossa eterna tristeza). Esta tentativa de um thriller psicológico perdeu qualquer credibilidade quando virou um rocambole de erros inexplicáveis do FBI, marginalmente pontuado por cenas de assassinato que nunca foram tão chocantes quanto o episódio-piloto prometia. O público dos EUA pescou rápido e, ironicamente, The Following tinha tudo, menos “seguidores”. Se um psicopata declama Edgar Allan Poe mas não há ninguém para ouvi-lo, ele fez mesmo agum barulho?

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6) State of Affairs

A história confirma que, em casos de séries rivais com o mesmo tema, não há apetite do público o suficiente para manter ambas no ar. State of Affairs, sobre uma mulher na alta cúpula da Casa Branca, perdeu sua corrida para Madam Secretary já na largada, durante a escalação do elenco. Quem realmente acredita que Katherine Heigl (a Izzie de Grey’s Anatomy) seria uma boa conselheira para assuntos de política internacional?

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7) Stalker

Não bastasse The Following ser muito ruim, deixou como presente para humanidade este “clone”, estrelado por Dylan McDermott e Maggie Q. Não, não era uma série sobre você acompanhando seu ex nas redes sociais (essa, provavelmente, a gente assistiria). Era só mais um show policial, sobre stalkers em Los Angeles que cometiam crimes gratuitamente explícitos o suficiente para chocar o público mais conservador, mas não o bastante para ganhar a admiração dos fãs de terror sanguinolento

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8) Constantine

Embora seja publicado pela DC Comics, este personagem místico nunca foi um “super-herói” no sentido tradicional do termo. Especialmente nas vendas. Então, nos parece (sobre)natural que o público não tenha compreendido bem o tom da série, que soava menos como um Arrow com demônios e fantasmas e mais como um Supernatural sem nenhum personagem carismático. A culpa, em grande parte, foi da própria intenção de tornar Constantine mais “acessível” a todos os públicos. Ele perdeu boa parte de suas características polêmicas. Seu verniz de anti-herói ficou resumido a uma eterna cara de quem comeu e não gostou

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9) Ressurrection

Lost iniciou a era das séries “misteriosas”, com mitologia complexa e mais perguntas do que respostas. Ressurrection, sobre uma cidadezinha onde os mortos voltam inexplicavelmente à vida, foi o último prego no caixão dessa tendência (será que vai ressuscitar?). Para piorar, ela tinha alternativas muito mais eficientes no que se propunham. Se você realmente quer uma reflexão filosófica sobre vida, morte, memória e culpa, a série Les Revennants é mais inteligente (com o bônus de ser francesa; tudo é mais profundo em francês). Se você simplesmente acha que gente saindo da cova é algo creepy e aterrorizante, bom… já temos The Walking Dead pra isso, né?

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10) Marry Me

Um bom elenco, um bom showrunner e um excelente horário de exibição nos EUA (logo após o fenômeno The Voice) não foram o suficiente para que essa sitcom, sobre um casal que acabou de noivar, desse certo. O roteiro não trazia nada de novo: o homem seguia o eterno estereótipo do “crianção” e a mulher era descrita (mais uma vez) como a “histérica divertidamente desequilibrada”. Mas veja pelo lado bom: agora o título Marry ME está liberado pra gente usar no nosso futuro reality show em que fãs apaixonados pela Mundo Estranho tentam se casar com a revista!!!!

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