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Se a humanidade desaparecesse, qual espécie dominaria o mundo?

Não há consenso científico. Se estamos falando da quantidade de indivíduos, então os humanos perdem feio

Por Bruno Machado
Atualizado em 22 fev 2024, 10h36 - Publicado em 4 set 2015, 15h21
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  • mundo sem humanos

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    ILUSTRA Eduardo Ferigato

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    Não há consenso científico. Não apenas porque é difícil imaginar um mundo sem a influência humana mas também porque o próprio conceito de “dominância” é subjetivo. Se estamos falando da quantidade de indivíduos, então os humanos perdem feio: somos superados em número por bactérias, protozoários e insetos, entre outros seres. Se o conceito diz respeito à presença no globo, também não somos tão dominantes assim, pois não estamos presentes em muitas regiões, como os polos e as profundezas do mar. E alguns animais possuem sistema de linguagem, estrutura social e inteligência muito sofisticado, capaz de colocar em xeque a nossa autoproclamada soberania.

    DEMOCRACIA JÁ

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    Para a professora de zoologia do Instituto de Biologia da USP Alessandra Bizerra, se a humanidade desaparecesse, não haveria uma única espécie dominante. “Ocupamos diferentes ambientes e, com nichos vagos, é bem provável que eles fossem ocupados por diferentes espécies”, argumenta. Assim, cada animal seria soberano em seu habitat, vivendo em equilíbrio com os demais

    ASCENSÃO DOS SÍMIOS

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    Usando argumentos científicos, Alan Weisman, autor do livro O Mundo sem Nós, defende que os babuínos são quem tem mais chance de nos substituir. O crânio desses primatas só perde em tamanho para o nosso, e o seu potencial intelectual ainda não é totalmente conhecido

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    MACACOS UNIDOS

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    Alguns primatas vivem em sociedades complexas, que admitem até níveis hierárquicos. Na nossa ausência, é possível que o potencial mental dos babuínos permita que eles comecem a usar ferramentas e tecnologias humanas. Experimentos em laboratório já demonstraram que eles são capazes de fazer operações matemáticas, jogar videogame e operar celulares

    APOCALIPSE DAS MÁQUINAS

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    Para o diretor de engenharia do Google Ray Kurzweil, são as inteligências artificiais que vão substituir o ser humano. Segundo ele, a rápida evolução tecnológica permitirá que, num determinado momento, a inteligência de uma máquina seja superior à do homem. Essa ideia, chamada de teoria da singularidade, tem diversas datas previstas para virar realidade, como 2019, 2030 e 2045

    DONOS DO PEDAÇO

    Embora não se tornassem dominantes, algumas espécies iriam proliferar com a ausência humana. Árvores conseguiriam romper o asfalto do chão das grandes cidades e tomariam conta de todos os espaços. As aves e os insetos, por sua vez, seriam os grandes candidatos a invadir e ocupar os centros urbanos abandonados. Nossos gatos de estimação também se dariam bem, como exímios caçadores

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    HOMEM 2.0

    As teorias de Kurzweil também apontam para um cenário em que a convivência entre humanos e máquinas possa ser pacífica. O aperfeiçoamento das nanotecnologias e dos órgãos artificiais poderá até mesmo elevar drasticamente a expectativa de vida do homem. Segundo ele, o futuro reserva possibilidades como a criação de próteses cerebrais com interfaces computadorizadasCuriosidade: Outros animais domesticados, como bois, porcos e vacas, seriam alvo fácil de predadores, e os piolhos, que dependem de nós para sobreviver, seriam extintos

    PERGUNTA Jefferson Samagaia, Brusque, SC

    CONSULTORIA Alessandra Bizerra, professora de zoologia do IB-USP

    FONTES Sites Scientific American Brasil, MSN, LiveScience, American Thinker, G1, The Guardian

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