Sexo e poder: 6 “femme fatales” que marcaram a história
Mais ardilosas do que vilã de novela, estas mulheres manipularam maridos e filhos para deixar sua marca na história
DE OLHO NO CAOLHO
A imperatriz russa Catarina 2ª ficou conhecida como “a Grande”, mas bem poderia ter sido “a Esperta”. Em 1762, apenas um ano depois de seu casamento com o czar Pedro 3º, ele sofreu um golpe e foi assassinado. Ela chegou ao poder e, claro, todo mundo desconfiou. Tudo indica que a tramoia foi organizada por um guarda real caolho, chamado Potemkin, que era amante de Catarina. Aliás, um dos amantes: ela teve vários. Mais provas de sua esperteza: seu reinado durou mais de 30 anos e consolidou a Rússia como potência mundial.
NOVINHA NO GRAU
Tem gente que não precisa de muito tempo de vida para abalar geral. A inglesa Carolina Matilde viveu só 23 anos, mas quase derrubou o reino da Dinamarca. Ela foi casada com o rei dinamarquês Cristian 7º, um garoto mentalmente instável, e acabou tendo um caso com o médico convocado para cuidar dele, Johann Struensee. Tiveram um filho e o doutor logo começou a tomar as rédeas do reino! A coisa só não piorou porque Carolina foi pressionada a confessar o adultério. Ele foi condenado à morte e ela ao exílio.
DONA DO VATICANO
Atrás de um grande homem, sempre tem uma grande mulher. Mesmo se esse homem for… um papa! Mas Marósia não era muito de ficar “atrás”, não. Nascida por volta de 890, já na adolescência ela se tornou amante do papa Sérgio 3º e deu a ele um filho, João. Quando Sérgio bateu as botas, casou-se com o nobre Alberico 1º, mas continuou amante de outros dois pontífices, Leão 6º e Estêvão 7º. Por fim, com suas intrigas, transformou o próprio filho João em papa. Mas teve um fim trágico: foi morta a mando de outro filho! Eta família abençoada…
UMA MANCHA NA CASA BRANCA
Parece chamada de novela: um amor que quase derrubou um governo! Em 1829, nos EUA, a viúva Margaret Timberlake aceitou se casar com John Henry Eaton, secretário de Guerra do presidente Andrew Jackson. O escândalo: Margaret era viúva porque seu marido se matou, ao que tudo indica, após descobrir a infidelidade dela. Funcionários do governo se revoltaram contra a permanência de Eaton no cargo. Jackson suou para reverter a situação, mas, no segundo mandato, teve de demiti-lo (e o vice-presidente, que havia apoiado Eaton).
NO TOPO DA PIRÂMIDE
Provavelmente você já sabe que Cleópatra provocou uma guerra em Roma ao se envolver em um triângulo amoroso com o general Marco Antônio e o ditador Júlio César. Mas a ficha corrida da diva egípcia é bem mais longa. Ela também se casou com dois irmãos adolescentes, Ptolomeu 13º e Ptolomeu 14º – o primeiro morreu por consequência de uma batalha que ela causou; o segundo, envenenado com uma planta chamada aconitum… Cleópatra também se livrou da irmã, Arsinoe, concorrente na linha de sucessão.
O SHOW DA PODEROSA
Em Roma, não teve mulher mais bafônica que Lívia Drusila. Conseguiu convencer seu amante – ninguém menos que o imperador, César Augusto – a se separar da esposa grávida, casar-se com ela e torná-la imperatriz. (Imagine a dor de cotovelo da ex!). No poder, Lívia deu um jeito de matar vários outros possíveis sucessores ao trono (a maioria, com menos de 21 anos), para que seu filho, Tibério, fosse declarado o legítimo herdeiro. E conseguiu! Detalhe: Tibério nem era filho de Augusto, e sim do primeiro marido dela!
FONTES Sites Monticello, Canmore e TED; livros D. Pedro I, de Isabel Lustosa, Cleopatra: A Life, de Stacy Schiff, The Mystery of Princess Louise: Queen Victoria’s Rebellious Daughter, de Lucinda Hawksley, Livia, Empress of Rome: a Biography, de Matthew Dennison, The Vatican’s Women: Female Influence at the Holy See, de Paul Hofmann, The Feud: The Hatfields and McCoys: The True Story, de Dean King, Ramsés II: o Deus Vivo, Conquistador de Terras e de Corações, de Helena Trindade Lopes, e As Seis Mulheres de Henrique VIII, de Antonia Frase