Sem chance, pois as próteses resistem a uma pressão média de 123 atmosferas. A conta é simples: ao nível do mar, nosso corpo está submetido a 1 atmosfera. Num mergulho, cada 10 metros de profundidade correspondem a mais 1 atmosfera. Ou seja, para explodir um peitão turbinado, seria preciso descer a exatos 1 220 metros (122 atmosferas debaixo dágua mais 1 atmosfera da superfície, totalizando 123 atmosferas) sem nenhuma proteção além da roupa de mergulho. É morte na certa, pois o homem não consegue descer abaixo dos 313 metros. Numa viagem de avião, o risco é menor ainda, pois a pressão durante o vôo fica abaixo de 1 atmosfera. Para completar, as próteses têm 400% de elasticidade, ou seja, podem ser esticadas em até quatro vezes o seu tamanho sem arrebentar. “Para estourá-las, o trauma teria de ser tão grande que a pessoa provavelmente morreria antes”, afirma Luiz Eduardo Abla, cirurgião plástico da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O único perigo é tomar uma facada ou um tiro. Aí, sim, o air bag vai pro brejo. Mas numa hora dessas, ninguém vai se preocupar muito com o silicone, certo?