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75% das crianças americanas já foram infectadas pelo coronavírus

Estudo analisou a presença de anticorpos por infecção prévia na população. E comprovou o apetite da Ômicron entre não vacinados.

Por Alexandre Carvalho
Atualizado em 21 jul 2022, 16h16 - Publicado em 28 abr 2022, 15h47

Três em cada quatro crianças nos Estados Unidos já tiveram o vírus causador da Covid no organismo, mesmo que muitas nem tenham apresentado sintomas. Essa é a conclusão de um novo estudo do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), que buscou identificar a proporção da população com anticorpos por infecção prévia pelo Sars-CoV-2. A análise compreende o período de setembro de 2021 a fevereiro deste ano. Ou seja, a porcentagem pode estar até maior. 

O objetivo do CDC foi chegar a um nível de infectados mais condizente com a realidade, já que há muitos casos que não passam pelos testes, principalmente entre assintomáticos e não diagnosticados. Para isso, os pesquisadores avaliaram amostras de sangue a cada quatro semanas para verificar a presença de anticorpos do tipo antinucleocapsídeo (anti-N), que são produzidos em resposta à infecção, mas não pelas vacinas contra Covid. E chegaram à conclusão de que a culpa por tanta criança infectada é da Ômicron mesmo. 

Entre setembro e dezembro do ano passado, o aumento da presença desses anticorpos na população dos EUA foi insignificante. Já a partir de dezembro, quando a Ômicron começou a se espalhar, tudo mudou. Entre crianças de zero a 11 anos, essa soroprevalência de anticorpos para o vírus pandêmico saltou de 44,2% para impressionantes 75,2%. Segundo a Academia Americana de Pediatria, uma em cada cinco mortes de crianças por Covid aconteceu justamente de dezembro para cá, durante o predomínio dessa variante.

Entre a população em geral, o aumento de gente com os anticorpos foi de 33,5% para 57,7%. Isso também significa que mais da metade dos americanos já foi infectada em algum momento pelo coronavírus. 

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O fato de a porcentagem ser maior entre as crianças está relacionado justamente à menor cobertura vacinal entre os pequenos (já que parte da função da vacina é evitar a infecção, além de minimizar os danos aos infectados). Nos EUA, com dados já de abril, enquanto 90% das pessoas com mais de 65 anos receberam pelo menos duas doses, essa porcentagem na faixa de 5 a 11 anos é de apenas 28%. 

Não à toa, a presença dos anticorpos indicando infecção prévia entre os idosos é bem menor: chegou a 33,2% dos indivíduos em fevereiro (contra os 57,7% da população e 75% das crianças).

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Boa notícia?

Há especialistas que acreditam que tanta gente com anticorpos pode ser uma boa notícia para os próximos capítulos da Covid entre os americanos. “Veremos uma doença cada vez menos severa”, afirmou, em depoimento ao New York Times, o imunologista Florian Krammer, do Instituto Mount Sinai. “Será mais difícil para o vírus causar danos sérios.”

Os autores do estudo, porém, ressaltam que esses dados não devem ser interpretados como garantia de proteção contra o coronavírus. “A vacinação continua a estratégia mais segura para evitar complicações de uma infecção por Sars-CoV-2”, concluem. 

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