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A mesa medieval

A comida dos camponeses do século 12.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 ago 2011, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 18h58
  • Karin Hueck, Tiago Cordeiro e Gabriel Gianordoli

    A comida dos camponeses do século 12, quem diria, era nutritiva. Os pobres, que formavam 90% da população da Europa, tinham uma dieta muito mais balanceada que a dos nobres e religiosos. Ela incluía iguarias como carne de castor, mingau de trigo e água com vinagre.

    Proteínas

    Iguarias

    Peixes eram as proteínas mais comuns, principalmente no litoral. Sardinhas (como na foto), congros e carpas eram o carro-chefe. Já carne costumava ser rara e caríssima. Ninguém comia vacas porque gado servia como força de trabalho.

    Caiu na rede, é peixe

    “Peixe” era todo animal que vivia na água. Como a Igreja incentivava o consumo desse alimento, valia tudo: de camarão a baleia. No norte da Europa rabo de castor era iguaria. Como o bicho morava na água, virou peixe.

    Prato bem temperado

    Nos castelos já havia especiarias asiáticas, como pimenta e gengibre. Mas, no campo, tempero era sálvia, tomilho, salsa ou manjericão.

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    Luz de sebo

    As casas tinham apenas uma janela. Para aquecer, era feita uma fogueira sem chaminé. Para iluminar, velas de sebo ficavam acesas até a hora de dormir, umas 21h.

    Carboidratos

    Mingau nosso

    Os mingaus eram engrossados com papa de trigo: cozia-se lentamente aproveitando todo tipo de alimento. A medicina aprovava, pois se acreditava que comida picada, cozida ou triturada fazia bem para a digestão.

    Pé de pão

    Na península ibérica, as castanhas eram tão essenciais que as castanheiras ganharam o apelido de “árvore de pão”.

    Pão pra toda obra

    “Pão” era um termo genérico para definir alimentos feitos de cereais – os ricos tinham acesso ao feito de trigo, como os de hoje, mas os pobres comiam uma versão mais escura feita de restos de cereais.

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    Vegetais

    Salada de frutas

    No norte da Europa, as frutas mais comuns eram morango, maçã e pera. No sul, uvas, figos e laranjas. Os ricos as usavam para dar um gosto agridoce a pratos salgados. Já os pobres comiam as frutas diretamente do pé, sem lavá-las.

    Velhos vegetais

    Antes da descoberta do Novo Mundo, não havia batata, tomate nem milho. O jeito era se virar com grão-de-bico e ervilha. Os ricos desprezavam repolho, espinafre e cenoura – mas os pobres não viviam sem eles, cozidos em sopas.

    Bebidas

    Na palma da mão

    Quando chegou a Paris, a prin­cesa bizantina Teodora causou escândalo no jantar ao usar um objeto esquisito para comer. Era um garfo. Entre os pobres, o hábito era comer com as mãos e virar o prato na boca.

    Cachaça é água

    Água potável era rara, e o risco de doenças, alto. Por isso, a maioria preferia bebidas alcoólicas. Eram consideradas saudáveis e nutritivas.

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    Vinho

    O vinho (de uva, romã, amora ou pera) era comum no sul. O processo de fermentação era parecido com o atual, apenas mais diluído em água.

    Cerveja

    Antes da descoberta da levedura, a cerveja estragava em poucos dias. Era consumida fresca e por isso ficava bem mais escura.

    Vinagre

    Nem todo mundo tinha casa e emprego. Sem acesso a vinho, os indigentes se viravam com vinagre diluído em um pouco de água, que servia para matar os germes.

    INGREDIENTES DA PA E DO MINGAU

    • Espinafre

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    • Beterraba

    • Cebola

    • Couve

    • Alho

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    • Grão-de-bico

    • Cenoura

    • Repolho

    • Ervilha

    • Fava

    Fontes Dicionário Temático do Ocidente Medieval, História da Vida Privada, volumes 1 e 2, Paul E. Szarmach, historiador da Universidade de Cambridge, e Patrick Geary, professor de história da Universidade da Califórnia.

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