Saiu logo no número 1 da SUPER, em outubro de 1987: a úlcera estomacal tem menos a ver com os hábitos alimentares e o dia-a-dia agitado do que com uma bactéria chamada Campylobacter pylori. Passados dez anos, a campylobacter mudou de nome para Helicobacter pylori, mas está definitivamente no banco dos réus. E a acusação que pesa sobre ela é até mais séria: a bactéria causa a gastrite, que pode virar úlcera e câncer do estômago. Os especialistas brasileiros estão fazendo um estudo para avaliar a incidência da helicobacter nas diferentes regiões do país. “Já sabemos que a população pobre está mais sujeita à doença”, disse à SUPER Antônio Frederico de Magalhães, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “E é natural, já que a bactéria, presente nas fezes, pode contaminar alimentos e bebidas mais facilmente em áreas onde o saneamento é precário.”