É uma feliz constatação: cada vez menos bebês filhos de portadoras do vírus da Aids estão sendo infectados. Há cinco anos, um terço deles acabava contaminado e a principal forma de transmissão era o aleitamento materno. Graças a campanhas para evitar que mães soropositivas amamentassem, a incidência caiu. Nos Estados Unidos, por exemplo, nascem 7000 crianças por ano filhas de soropositivas e 70% a 85% delas conforme a região do país conseguem escapar da doença.
A proporção de bebês sadios deve continuar aumentando. Numa experiência americana, grávidas infectadas tomaram AZT droga capaz de impedir o avanço do vírus e isso aumentou a proporção de bebês sem o HIV para 92 %. Outra pesquisa importante é a da pediatra brasileira Karin Nielsen, que faz pós-doutoramento na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Ela acompanhou a gravidez de um grupo de mulheres com HIV e investigou a possível forma de transmissão do vírus para a criança (veja ilustração abaixo). Segundo a médica, há casos de bebês que já nascem soropositivos. Mas há o dobro de casos de bebês que só se tornam soropositivos com alguns dias de vida sinal que foram contaminados no parto normal. Portanto, se aumentarem os cuidados na hora do nascimento, é muito provável que o número de recém-nascidos com o vírus da doença caia bastante.