Chocolate: 12 boas (e más) notícias para sua saúde
Emagrece? Dá espinha? Ajuda na TPM? Conheça 12 fatos sobre o segundo melhor amigo do Homo sapiens.
1. Sério que emagrece?
É chocolate, mas pode chamar de perfeição. Um estudo de 2012 da Universidade da Califórnia, em San Diego, apontou que os voluntários que comeram pequenas porções de chocolate, duas vezes por semana, apresentaram Índice de Massa Corporal (IMC) menor que os demais pesquisados. Estavam mais magros que os que exageravam na dose – claro -, mas também em relação aos que não costumavam provar o doce. A média de IMC dos participantes em geral era de 28, considerada sobrepeso. Já a dos que comiam moderadamente o chocolate era de 21. O estudo analisou os hábitos alimentares de 972 homens e mulheres, com idades entre 20 e 85 anos. Difícil é ficar nos limites recomendáveis. Segundo a nutricionista Vanderli Marchiori, para emagrecer e ter um consumo saudável, o certo é ingerir 30 gramas por dia. E do chocolate certo: com, pelo menos, 60% de cacau. Lembre-se disso quando estiver diante de uma barra de chocolate de 170 gramas – que pode ser uma bomba de açúcar e gordura.
2. Dá espinha?
Espinhas têm a ver com alterações hormonais. Isso pode ser agravado em períodos de stress e ansiedade, situações em que as glândulas sebáceas produzem mais óleo. Ou seja: o stress dá vontade de chocolate, mas o que dá espinha não é comer o chocolate. É o próprio stress. O doce acaba levando a culpa por associação.
3. Vai uma barata aí?
Você não vai achar o ingrediente em nenhuma receita, mas, desculpe informar: pode haver pedaços de barata no seu chocolate. Segundo a Food and Drugs Administration, a Anvisa dos EUA, uma barra contém, em média, oito pedacinhos do inseto. A invasão acontece durante o armazenamento do cacau – e baratas podem acabar moídas no processamento do chocolate. De qualquer forma, isso não traz riscos para a saúde.
4. Chocolate após tatuagem – melhor evitar
Quem já fez sabe: há toda uma série de cuidados que devem ser tomados nos primeiros dias de tatuagem no corpo. Mas pouca gente se preocupa com a alimentação nessa fase. E quitutes gordurosos como o chocolate devem ser evitados. A gordura presente ali dá uma canseira no fígado e prejudica a cicatrização, deixando seu corpo suscetível a infecções por mais tempo.
5. Alívio na TPM
Mulheres que sofrem demais no período de Tensão Pré-Menstrual podem, sim, se beneficiar do chocolate. É que, durante essa fase do mês, há uma redução de algumas vitaminas e minerais no corpo da mulher – o que explica o fato de elas buscarem alimentos que supram essas carências. Cerca de 45% das mulheres apresentam maior compulsão por doces nesse momento. Como o chocolate. Ele compensa a redução dos níveis de magnésio. E, de quebra, ainda mexe com a serotonina e a endorfina, promovendo uma sensação de bem-estar.
6. Posso dar chocolate para criança pequena?
Calma nessa hora. Vale a pena resistir à ideia de satisfazer o pequerrucho durante algum tempo, pelo menos. Oferecido precocemente, o chocolate pode favorecer o surgimento de manifestações alérgicas – como secreção nas vias aéreas e até manchas na pele. E tem um problema bomba-relógio aí. Na primeira infância, o consumo de doces acostuma o paladar dos pequenos, que passam a rejeitar alimentos menos estimulantes – como frutas, verduras e legumes. Você estará criando uma bomba. Espere até depois dos 2 anos que já é razoável.
7. Te salva da leseira pós-almoço
Exames de encefalograma da Northern Arizona University com 122 voluntários exibiram imagens do cérebro desses indivíduos, e elas não deixaram dúvida: os que consumiram chocolate com alta porcentagem de cacau estavam mais alertas. “Muitos de nós ficam um pouco sonolentos à tarde e não conseguem prestar atenção, particularmente estudantes, então a dica é comer um chocolate amargo”, afirmou Larry Stevens, professor de psicologia da universidade.
8. Futuras mamães também podem
Se a grávida não tiver diabete gestacional, pode comer chocolate, sim. “Consumindo eventualmente, pode até comer chocolate ao leite, embora a preferência seja pelo mais saudável, que é o amargo, com 60% de cacau”, explica a nutricionista Vanderli Marchiori. “Mas essa recomendação serve para todo mundo. A grávida, pela fase de transformações no corpo, só deve ficar ainda mais atenta à própria alimentação, que tem consequências diretas na saúde do bebê.”
9. O diet não diminui a cintura
O termo diet é uma ilusão da indústria. Quem consome frequentemente de refrigerante desse tipo engorda. Com o chocolate, a questão é ainda mais evidente. O diet é produzido especialmente para o diabéticos, por isso não contém açúcar na composição. Só que os fabricantes compensam na gordura, o que pode deixar um chocolate diet mais calórico que um convencional. Então, se a sua ideia é emagrecer comendo o doce, siga a primeira dica nesta matéria, na página à esquerda, vá com chocolate de qualidade, e coma como um passarinho.
10. Quem não deveria comer
É chato, mas tem gente que, para o bem da própria saúde, deveria evitar chocolate. É o caso de pessoas com problemas graves no fígado, como a cirrose. Quando o órgão está muito gorduroso, sentimos um mal-estar geral, inchaço na barriga, dor no lado direito do abdômen, além de vômitos. Durante o tratamento, é recomendável evitar qualquer alimento gorduroso. Mesmo que o alimento em questão seja um famoso pelas gorduras saudáveis, como o azeite de oliva extra virgem. Para o órgão doente, gordura é gordura, e ponto. Chocolate, mesmo os melhores, tem manteiga de cacau, que é a gordura extraída da prensagem da semente do cacau. Então…
11. Contra o Alzheimer
Tomar duas xícaras de chocolate quente por dia melhora o fluxo sanguíneo no cérebro de pessoas idosas, o que pode dar o empurrão que faltava para o velhinho aperfeiçoar a memória – e finalmente achar aqueles óculos que andavam sumidos. A conclusão é da Academia Americana de Neurologia. “Essa relação pode cumprir um importante papel na prevenção de doenças como o Alzheimer”, diz Farnazeh A. Sorond, autora responsável pelo estudo.
12. Coração blindado
Embora pesquisas anteriores já viessem dando indicações nesse sentido, um estudo da Universidade de Cambridge foi mais conclusivo na afirmação de que, sim, o chocolate faz bem ao coração. E não só porque nos deixa mais felizes. Foram analisados sete estudos anteriores, envolvendo mais de mil participantes. E os resultados foram animadores – pelo menos para os chocólatras: o consumo de chocolate está associado à redução de 37% dos riscos de doenças cardíacas, além de contribuir para a queda de 29% das chances de acidente vascular cerebral (AVC). Repetindo: desde que consumido com parcimônia.