Já há algum tempo se sabe que os chamados fumantes passivos ou involuntários – aqueles que são obrigados a respirar o ar contaminado pelo cigarro alheio – correm riscos de saúde comparáveis aos dos fumantes. A novidade agora é que também o desempenho físico dos fumantes por tabela é prejudicado. Um recente estudo americano testou um grupo de mulheres em duas séries de exercícios aeróbicos. Elas tiveram de respirar por uma máscara de oxigênio, na qual se misturou ao ar fumaça de cigarro. Resultado: as mulheres passaram a gastar 11 por cento a mais de oxigênio e glicose (ou seja, energia) para alcançar o mesmo desempenho obtido quando respiravam ar limpo.
Além disso, as células do sangue encarregadas de levar oxigênio aos músculos ficaram parcialmente bloqueadas pelo monóxido de carbono, presente na fumaça do cigarro. Dessa maneira, recebendo menos combustível, os músculos cansaram mais cedo e produziram uma quantidade maior de ácido láctico, a substância que provoca a sensação de ardor durante o exercício físico e indica estado de fadiga.