Pergunta de Flávio Marcilio de Matos Faria, Rio das Ostras, RJ
Embora ninguém saiba a data exata da criação do jogo, há registros de brincadeiras com nozes, sementes de frutas e pedras arredondadas desde a antigüidade. Na Roma antiga, o jogo já era comum – o poeta Ovídio escreveu sobre a brincadeira no século 2. Com o passar dos séculos, as bolinhas ganharam novos materiais: argila, aço, pedras como ônix, jaspe e ágata, plástico e vidro. As primeiras de vidro encontradas em Roma datam provavelmente do século 1 a.C. – mas a primeira manufatura dessas bolas somente surgiria no início do século 15. Anos depois, o pintor renascentista flamengo Pieter Brueghel retratou crianças jogando bolas de gude em seu quadro Jogos Infantis, de 1560, além de o jogo ser citado por Shakesperare em Henrique V. No Brasil, as bolinhas trazidas pelos portugueses foram apelidadas “de gude” em referência ao nome das pedras redondas e lisas retiradas dos leitos dos rios.
No interior do país, o jogo recebeu uma dezena de nomes diferentes, tais como baleba, bilosca, birosca, bolita, búrica, búraca, peteca, pirosca, ximbra ou cabiçulinha. As formas de jogar variam de acordo com o desenho feito no chão, o número de buracos e o número de bolas.