Como solucionar o soluço
Inesperado e barulhento, ele chega causando constrangimento. Descubra os truques para driblar de vez o teimoso hic hic
Conheça o inimigo
Tudo começa no diafragma, músculo que fica na base dos pulmões e se contrai para nos ajudar a inspirar e expirar. Se pegamos pesado na comida ou em bebidas gasosas, muito quentes ou geladas, o diafragma sai do ritmo e tem espasmos. Com as contrações abruptas, o ar sobe como um jato dos pulmões para a boca e bate na glote, a tampa da laringe. As cordas vocais reverberam, e o hic hic começa. Siga as nossas dicas para evitar essa sinfonia.
Tome um susto
Chame aquele amigo criativo e diga para ele surpreendê-lo (se tiver medo do que ele vai aprontar, troque a dica por assistir a um filme de terror). O susto pode causar uma parada breve e repentina na respiração, o que interrompe os espasmos e faz o diafragma voltar ao normal.
Descole um saco de papel
Se o ataque começar, respire dentro de um saquinho. Lá dentro o ar estará cheio do gás carbônico que você expirar. Quando a concentração desse gás aumenta no sangue, o nervo que controla os movimentos do diafragma, chamado frênico, se acalma.
Encha a cara de água
Pode testar, aquele conselho que as vovós dão funciona de verdade. Vire um copão de água de uma só vez e prenda a respiração em seguida. O tal nervo frênico se tranquiliza e reduz o ritmo do diafragma. Seu corpo deve parar de sacolejar em pouco tempo.
Deite-se e relaxe
Este truque pode causar mais constrangimento que o próprio soluço se você estiver na firma ou na balada, mas é útil aos mais desesperados. Deite-se confortavelmente, eleve as coxas e mantenha-as flexionadas com força sobre a barriga. Isso vai ajudar o diafragma a relaxar, o que pode acabar com a série de soluços.
Faça um pit stop no banheiro
Quando comemos demais, o estômago incha e irrita o nervo frênico. O mesmo acontece quando exageramos na cervejinha, uma bebida gasosa. O jeito é dar aquela passadinha no reservado. Ir ao banheiro esvazia o estômago e tira a pressão do diafragma.
Fontes: Ricardo C. Barbuti, gastroenterologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, e Rubens Tadeu Bonomo, chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos.