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Covid-19: 76% dos pacientes graves ainda têm algum sintoma 6 meses após a infecção

Fadiga, fraqueza muscular e problemas para dormir foram alguns dos efeitos relatados. Mas também houve sequelas piores.

Por Bruno Carbinatto
13 jan 2021, 17h35

Três em cada quatro pacientes internados com Covid-19 ainda apresentam algum sintoma seis meses após a infecção. Foi o que constatou uma pesquisa publicada no periódico científico The Lancet, que analisou mais de 1.700 pacientes que tiveram casos graves e moderados de Covid-19 no hospital Jin Yin-tan, na cidade de Wuhan, China. Todos os voluntários foram acompanhados por seis meses após receberem alta e responderam a questionários sobre sua saúde, além de serem submetidos a exames de sangue, tomografias e testes de aptidão física (como uma caminhada de seis minutos monitorada pelos cientistas).

Os resultados mostraram que 76% deles apresentavam pelo menos um sintoma após esse período. O incômodo mais comum foi a fadiga e a sensação de fraqueza muscular, citada por 63% dos pacientes. Problemas de sono foram reportados por 26% dos pesquisados, e 23% afirmaram ter algum grau de ansiedade ou depressão.

Os pacientes que passaram pelos quadros clínicos mais críticos quando internados também reportaram sintomas mais sérios, como dificuldade ou dor para respirar, principalmente ao fazer esforço. Exames de tomografia computadorizada também revelaram anormalidades nos pulmões desse pacientes, que podem indicar danos ao órgão. Mais da metade (56%) daqueles que precisaram ser entubados para sobreviver apresentariam hipoxemia – níveis de oxigênio no sangue abaixo do normal.

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Outro sintoma se destacou: problemas nos rins. Dos pesquisados, 13% apresentaram uma atividade renal comprometida em algum nível, sintoma este que não foi identificado no período que os pacientes estavam internados. Hoje, os médicos sabem que a Covid-19 pode afetar vários órgãos além do sistema respiratório, mas a equipe ainda não estudou em detalhes como isso pode ter acontecido nesse subgrupo de pacientes.

Apesar da existência de riscos de longo prazo da Covid-19 ser conhecida há algum tempo, inclusive por autoridades como a Organização Mundial da Saúde (OMS), é difícil estudar o tema porque há poucas pesquisas que acompanham os mesmos pacientes por longos períodos – e as que existem geralmente trabalham com números bem menores de pessoas. O estudo chinês é um dos poucos com uma amostragem considerável e com dados gerados a longo prazo. Mesmo assim, ele tem uma limitação: contou somente com pacientes que tiveram casos graves ou moderados de Covid-19 e por isso precisaram ser internados. Os cientistas não sabem se os efeitos a longo prazo relatados também podem ser generalizados para quem teve casos mais leves da doença.

 

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