Rogério Luiz Rangel Vargas, Vila Velha, ES
A possibilidade é pequena, mas existe. Os seres humanos possuem dois cromossomos sexuais: nas mulheres, eles são iguais e recebem o nome de X; nos homens, eles são diferentes, um é X e o outro Y. Na fecundação existe a união de um cromossomo X, que vem da mãe, com o Y ou X, que vem do pai. A hemofilia é uma alteração no cromossomo X da mãe, portanto é sempre a mulher que transmite a doença. “Para que uma mulher nasça com hemofilia é necessário que a mãe seja portadora de um cromossomo deficiente e o pai hemofílico, também com o X alterado”, explica a hematologista Joyce A. Bizzacchi, do Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Se, na hora da fecundação, o cromossomo X defeituoso da mãe se une com o cromossomo X do pai, também anômalo, nascerá uma menina hemofílica. A mulher com hemofilia deverá ter constante acompanhamento médico durante toda sua vida, principalmente na adolescência, quando seu ciclo menstrual terá de ser inibido: qualquer tipo de sangramento oferece risco de vida.