Num ambiente que reproduzia fielmente as condições de um bar – especialmente com relação a abundante fumaça de cigarro -, cinco não-fumantes permaneceram 90 minutos pela manhã, e mais 90 à tarde. No final da experiência, todas as cobaias humanas carregavam grande quantidade de substâncias cancerígenas, originárias do tabaco e absorvidas pelo corpo. Coletadas na urina das pessoas, elas reforçam a suspeita de que, só por respirar fumaça soprada pelos fumantes, os não-fumantes correriam risco de ter câncer de pulmão. A análise, patrocinada pela Fundação Americana de Saúde, de Nova York, mostrou que o aumento de substâncias perigosas na urina foi de até dez vezes,como no caso do NNK, um dos cancerígenos do tabaco. A fumaça do falso bar, reconheça-se, era excessiva. Mesmo assim, Stephen Hecht, um dos pesquisadores, acredita que ela comprova o risco à doença dos não-fumantes. E a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos vai mais longe: calcula que 30 000 americanos não-fumantes morrem todo ano por causa do vício de muitas pessoas.