Faro para a conquista
Pesquisadores descobrem que os espermatozóides humanos têm vinte tipos de moléculas receptoras do olfato.
Junto com cientistas franceses e holandeses, pesquisadores da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica, ficaram surpresos: ao estudarem a membrana que reveste o espermatozóide humano, eles encontraram vinte tipos de moléculas, muito parecidas com os receptores olfativos do focinho de ratos. Tamanha variedade aponta que o espermatozóide pode perceber uma série de cheiros eventualmente secretados pelo óvulo. De fato, há algum tempo suspeita-se que, durante a fecundação, a célula reprodutora feminina envia mensagens químicas, que servem de bússola para o espermatozóide. A confirmação de que este usaria o olfato para captar os sinais talvez leve à criação de um novo anticoncepcional: a estratégia, no caso, será danificar as moléculas receptoras na membrana, impedindo o espermatozóide de farejar o alvo e, daí, ser atraído pelo perfume da mulher.