Depois de um ano e três meses de pesquisa, uma equipe de pesquisadores da Unicamp marcou um ponto na luta pela recuperação da credibilidade do gel de silicone. Proibido nos Estados Unidos após uma controvérsia em 1991 sobre sua ação cancerígena e inflamatória, os estudos de Campinas mostraram que, além de não migrar para outras regiões ou órgãos do corpo, como acontecia com o silicone líquido, o gel causou inflamação em só um dos 34 ratos da experiência. “Os resultados são animadores”, garante o cirurgião plástico Cássio Menezes Raposo do Amaral, chefe da equipe de pesquisa, que recentemente recebeu o Prêmio George Arié e deverá publicar o trabalho na Aesthetie Plastic Surgery, uma das mais conceituadas revistas internacionais da área. Para Cássio Menezes, no entanto, ainda é preciso cautela: a ausência de complicações no estágio laboratorial não esgota a investigação sobre o material, considerado o melhor para inclusões em cirurgias plásticas.