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Loucuras no céu

A SUPER preparou um show de imagens para explicar os esportes aéreos mais radicais

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h09 - Publicado em 31 mar 2001, 22h00

Mariana Mello

Até há pouco tempo, saltar de pára-quedas, de uma altitude de 4,5 quilômetros e a uma velocidade de 300 quilômetros por hora, era o máximo de radicalismo a que uma pessoa poderia se submeter. Mas, juntas, a tecnologia dos equipamentos, a experiência dos atletas e a incontrolável vontade humana de correr riscos criaram novas modalidades de vôo, cada vez mais ousadas. Com a ajuda de especialistas no assunto, selecionamos as modalidades mais emocionantes e perigosas do pára-quedismo e as radiografamos para você. E isso é só o começo. Estamos preparando, para as próximas edições, mais duas matérias radicais sobre as maluquices esportivas em terra e na água. Quem sabe, você descobre que o que falta na sua vida é um pouquinho de adrenalina?

Para saber mais

Na internet:

https://www.skybrothers.com.br

https://www.azuldovento.com.br

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https://www.cbpq.org.br

https://www.lost.art.br/base.htm

mamello@abril.com.br

luiz.iria@abril.com.br

Free Fly

Nesta modalidade o atleta atinge 520 Km/h

Free Fly¸ em inglês, quer dizer vôo livre. O pára-quedista salta de um avião de uma altitude de 4,5 quilômetros e, em vez de abrir logo o pára-quedas, aproveita para fazer manobras enquanto despenca. Durante as movimentações, a velocidade média passa fácil de 400 quilômetros por hora, por isso deve-se tomar cuidado para não haver choques entre os atletas no ar. Numa velocidade dessas, qualquer movimento dos braços ou das pernas faz o sujeito ir violentamente de um lado para o outro. O segredo está em aprender a lidar com o vento e obter as posições certas. “Perco a noção de direção e espaço. Não há direita nem esquerda”, diz João Tambor, 28 anos de idade e dez de pára-quedismo.

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Despencando do céu

Os praticantes do Free Fly fazem acrobacias enquanto caem

Pé com pé

O foot-to-foot (pé com pé) é manobra obrigatória em qualquer competição de Free Fly. Dois atletas saltam juntos. Um fica “sentado” no ar

Pirueta

O outro free flyer dá uma cambalhota e, de ponta-cabeça, encosta um pé no pé do colega. Parece fácil, mas tudo tem que ser feito em segundos

Mão na cabeça!

Este é um movimento de descontração. Um free flyer fica de ponta-cabeça e segura com as duas mãos a cabeça do outro. A manobra chama-se mind warp, algo como “distorção mental”.

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Clique

Em todo salto, um cinegrafista registra os movimentos com uma câmera de vídeo e uma máquina fotográfica presas ao capacete. Os cliques são disparados com a língua. Se não fossem esses cameramen, esta reportagem não existiria…

Sky Surf

Surfar no céu é muito mais legal

O Sky Surf (surf aéreo) começou a ser praticado na década de 90, na França. A idéia era ficar em pé numa prancha e passear pelo céu. Deu certo. A velocidade de queda chega a 260 quilômetros por hora e a descida dura 50 segundos. Antes de abrir o pára-quedas, a prancha é desconectada por um botão na cintura do macacão. Segundo o veterano Luís Roberto de Moraes, o Formiga, que já saltou 700 vezes, para praticar Sky Surf é preciso ter experiência de, no mínimo, 200 saltos tradicionais. “De cabeça para baixo, a gravidade negativa estica o corpo, como se as pernas fossem se separar do resto”, diz.

Ondas nas nuvens

No Sky Surf, o pára-quedista desliza em ondas de ar

Hélice

De ponta-cabeça, com a prancha que pode ter até 1,80 metro de comprimento, o atleta gira como uma hélice. Esta manobra chama-se helicóptero

Nos pés é obrigatório o uso de um tênis com sola fina e mole. Assim, o contato do pé com a prancha é maior

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Míssil

No movimento chamado torpedo, o sky surfer fica de cabeça para baixo em queda livre e apóia a prancha no traseiro

Parafuso

Na manobra rainhouse, o atleta fica de ponta-cabeça, com os joelhos dobrados. O ar embaixo da prancha o faz girar como um parafuso

Voltinhas

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A força do vento faz com que o sky surfer dê vários giros. A prancha pode ajudar a brecar ou a tornar o movimento ainda mais radical

Na região das axilas do macacão há uma espaço aberto com um tecido de rede. O ar preenche o espaço e dá estabilidade ao atleta

As luvas em forma de “pé de pato” criam resistência ao vento e prolongam o tempo de vôo

Sentado

Na manobra sit spin, o surfista fica sentado no ar, direcionando a prancha para um dos lados

Batida

Depois ele desloca a prancha para o lado, a favor do vento, e desce em espiral. É proibido fazer manobras entre as nuvens, pois dois atletas podem trombar

Wing Suit

Com um macacão, o corpo vira uma asa

Wing Suit é uma roupa pra lá de especial, feita sob medida. Ela funciona como uma asa. O objetivo é prolongar a velocidade horizontal e o tempo de vôo, que chega a um minuto e meio. O Wing Suit permite curtir mais a paisagem: a velocidade vertical, que, num salto, normalmente é de 200 quilômetros por hora, cai para 120. A roupa foi criada em 1996 pelo pára-quedista francês Patrick de Gayardon, que morreu testando sua invenção. Ela custa, em média, 5 000 reais. O pré-requisito para voar como um morcego também são 200 saltos prévios de pára-quedas.

Risco máximo

No perigosíssimo Base Jump, não há tempo para piruetas

Barrigada

A posição correta do Base Jump é de barriga para baixo, tomando cuidado para não virar de ponta-cabeça. Se isso acontecer, o pára-quedas não funciona e o chão chega antes de o sujeito desvirar. Resultado: morte

Dobradura

O segundo risco é colidir com o local de onde se saltou. Para evitar isso, é preciso analisar as condições do vento. O pára-quedas é dobrado de modo que abra bem rápido

O tórax e os braços são ligados por um tecido que infla e vira uma espécie de asa

As duas pernas, também presas, proporcionam a mesma estabilidade de um pára-quedas.

Base Jump

Nesta modalidade não há segunda chance

Com 30 anos de idade e 7 000 saltos tradicionais, o paulista Luiz Henrique dos Santos, o Sabiá, é mestre de Base Jump, a variação mais arriscada do pára-quedismo. O objetivo do Base é saltar de pontos fixos: prédios, antenas, penhascos e pontes. Quando pulou do Hotel Rio Othon Palace, no Rio de Janeiro, Sabiá levou apenas dez segundos para chegar ao chão. Nesta modalidade, não há pára-quedas reserva – não daria tempo de acioná-lo se houvesse alguma pane. Na Califórnia, local de origem do esporte, o Base Jump foi proibido em função das mortes que ocorreram em tentativas frustradas de salto. “O Base não permite erros. Um segundo é um minuto e um minuto é uma eternidade”, diz Sabiá, que ainda sente tremedeira nas pernas antes de cada salto e confessa ter medo de morrer.

Tranco

Quando o pára-quedas abre, a sensação é a de que uma mão invisível segura seu corpo. Como numa brecada, a velocidade despenca

Ônibus

Chega-se ao chão com velocidade próxima de zero. “É como descer de um ônibus que ainda não parou totalmente”, afirma Sabiá

Eletrizado

No momento do pouso, o perigo é enroscar nos fios de alta tensão ou em árvores. Os praticantes buscam sempre lugares de onde nunca ninguém saltou

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