A queda na produção do hormônio feminino estrógeno, que caracteriza a menopausa, aumenta as chances de infarto e de osteoporose na mulher. Só que, às vezes, repor o hormônio é o mesmo que trocar seis por meia dúzia. Se com o estrógeno adicional a mulher se livra dos problemas cardíacos e ósseos, por outro lado pode sofrer de câncer de mama ou de útero. Para tentar resolver o dilema, o laboratório americano Lilly criou um grupo de substâncias, chamadas MSRE (sigla para Moduladores Seletivos dos Receptores de Estrógeno).
O medicamento – que deve ser lançado no Brasil ainda este ano – se encaixa nas células ósseas e sanguíneas, mas evita a dos seios e do útero. “O remédio só deve ser receitado a quem tem tendência a tumores”, alerta Mauro Abi Haidar, da Universidade Federal de São Paulo. “Nos outros casos, o hormônio ainda é a melhor solução.”