Clique e Assine SUPER por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Por quanto tempo o coronavírus sobrevive em superfícies?

A quantidade de tempo depende do tipo de material em que o vírus se encontra, podendo variar de horas até dias

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 10 abr 2020, 11h24 - Publicado em 19 mar 2020, 18h53

As mãos não são as únicas que devem ser higienizadas em dias de pandemia. Segundo um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, o novo coronavírus (SARS-CoV-2) é capaz de sobreviver por horas em superfícies – e infectar outras pessoas a partir delas.

Os pesquisadores analisaram o comportamento do vírus em diferentes materiais. A ideia era simular situações que poderiam acontecer: um paciente infectado tossindo ou espirrando em cima de objetos da casa ou de um hospital, por exemplo. O vírus, que está presente nas gotículas de saliva, se aloja lá e pode infectar a próxima pessoa que colocar a mão ali.

O novo coronavírus pode permanecer em suspensão no ar por até três horas, mas ele sobrevive bem mais em superfícies. O estudo detectou o vírus após quatro horas no cobre e até 24 horas no papelão. Quem vence, no entanto, são as superfícies feitas de plástico e aço inoxidável: o coronavírus sobrevive de dois a três dias nelas.

Essa característica se assemelha a um outro parente do vírus, o SARS-CoV-1, responsável por causar o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) na Ásia em 2002. Na época, 8 mil pessoas foram infectadas e 800 morreram, mas não se tem registros de novos casos do vírus desde 2004. A doença foi erradicada rastreando as pessoas que tiveram contato com pacientes infectados e com medidas de isolamento.

O SARS-CoV-1 é o vírus de humanos mais próximo do novo coronavírus. Os pesquisadores compararam os dois e verificaram que eles permanecem estáveis nas superfícies e no ar durante tempos semelhantes. No entanto, isso não explica por que o novo coronavírus parece se espalhar com muito mais facilidade e rapidez. Uma das hipóteses é a transmissão por doentes assintomáticos, ou seja, que não possuem sintomas e não sabem que carregam o vírus (explicamos mais sobre eles aqui)

O estudo atenta para a higienização de objetos usados no cotidiano, como o celular (veja como limpá-lo aqui), além de evitar tocar em corrimãos, prateleiras e objetos que passam na mão de muitas pessoas (opte pelo cartão de crédito ao invés das cédulas, por exemplo). A pesquisa ainda mostrou que o coronavírus pode ser neutralizado com álcool 62% até 71%.

Mesmo assim, a principal forma de contágio continua sendo pelo contato direto com uma pessoa infectada. O estudo e as autoridades de saúde recomendam lavar as mãos com frequência, evitar tocar no rosto, cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável ao tossir e espirrar e só sair de casa quando for necessário.

A pesquisa foi feita por uma parceria entre as Universidades Princeton e da Califórnia em Los Angeles, o Instituto Nacional de Saúde e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.