Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90/mês

O cabelo fala por você

A natureza criou os fios da cabeça para ajudar você a sobreviver, não como um enfeite. Mas a cultura os transformou em sinal de beleza e meio de expressão.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h35 - Publicado em 1 ago 1998, 22h00

Xavier Bartaburu

Quando o ser humano ainda vivia em cavernas, os cabelos tinham uma função vital: proteger o cérebro do calor do sol. Nas regiões quentes e secas do planeta, eles tendiam a ser mais crespos e mais armados, formando uma cobertura protetora. Nas áreas frias e úmidas, os cabelos lisos ajudavam a escorrer a água das chuvas. A civilização, com seus chapéus e guarda-chuvas, aposentou as funções originais do cabelo, que viraram, então, símbolo de beleza, marca de identidade grupal e meio de expressão. Do corte rente dos militares às trancinhas dos aficionados do reggae, pode-se manifestar muita coisa apenas com o estilo do cabelo.

Os cerca de 100 000 fios que cobrem a cabeça são uma fração dos 5 milhões de pêlos espalhados pelo seu corpo. São uma herança dos antepassados do homem, que precisavam deles para aquecer a pele e se proteger da chuva. Os pêlos nascem em estruturas em forma de tubo, os folículos pilosos (veja infográfico). Constituídos como células vivas, já estão mortos ao chegar à flor da pele. Por isso, você não sente dor na hora de cortá-los.

A juba do homem

Continua após a publicidade

As barbas, como a do judeu ortodoxo da foto, nunca tiveram uma utilidade prática, ao contrário dos cabelos e das unhas. Até aonde a ciência consegue explicar, elas servem apenas como um símbolo de identidade sexual que ajuda a diferenciar os homens das mulheres. São como a juba que distingue o leão da leoa

Quando eles vão embora

Entenda como e por que a calvície acontece.
Continua após a publicidade

Uma cabeça sem cabelos pode ser considerada um charme para jogadores de futebol, mas para a maioria dos homens é um tremendo problema. A calvície está ligada a um desacerto dos hormônios masculinos. Esses hormônios estimulam as glândulas sebáceas, que passam a produzir mais sebo. O excesso de gordura no cabelo facilita a sua queda. Ao mesmo tempo, o sebo interrompe o crescimento de novos fios, atuando diretamente sobre a raiz. A calvície é quase sempre genética.

Da raiz para o mundo

Assim como a unha, o pêlo também cresce a partir de uma raiz. Cada fio se desenvolve dentro de um folículo piloso, um tubo encravado na pele. Na base do folículo está o bulbo. É lá que as novas células vão nascendo. Quando vêm à tona, elas já estão mortas. A cor depende da quantidade de melanina produzida pelo bulbo. Os cabelos pretos contêm muita melanina e os louros, pouca. O tipo (crespo, liso ou ondulado) depende do formato do folículo. O fio cresce durante dois a seis anos, e depois “descansa” por alguns meses, nos quais o folículo pára de produzir novas células. Os cabelos caem e ficam uma temporada sem crescer. Você não percebe porque isso acontece de forma aleatória. Os fios não “descansam” todos de uma só vez. Enquanto uns crescem, outros permanecem parados.

Continua após a publicidade

Quem sabe é super

Os cabelos ruivos têm essa cor em conseqüência de um gene especial, responsável pela produção de um pigmento avermelhado. Esse pigmento, diferente da melanina, também torna o indivíduo mais vulnerável ao sol do que os demais.

Estandarte

Continua após a publicidade

O cabelo comprido dos Beatles escandalizou o mundo nos anos 60. Mas eles só seguiam uma prática muito antiga: a de usar os cabelos para expressar a adesão a um determinado grupo. O corte ou penteado pode indicar a etnia, como fazem as tribos indígenas, a classe social (os cachos dos aristocratas europeus do século XVIII) ou uma postura diante do mundo. É o caso dos personagens destas fotos – um punk inglês, em Londres, e uma moradora de Salvador, Bahia, onde é muito forte o movimento de afirmação das raízes africanas

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.