Carla Corrêa Marcon, Cachoeirinha, RS
É a retirada de uma parte do cérebro. “Cada hemisfério do nosso cérebro é dividido em quatro partes ou lobos que são chamados frontal, occipital, parietal e temporal” , explica o neurologista Saul Cypel, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. “A retirada do lobo pode ser total ou parcial.” Em épocas antigas, a lobotomia era usada em pacientes com certos tipos de doenças mentais como forma de acalmá-los. Atualmente, nesses casos a técnica cirúrgica foi substituída por medicamentos ou psicoterapia. A lobotomia pode ser usada, por exemplo, para extrair tumores. Entretanto, a retirada de uma área do cérebro pode afetar as funções relacionadas com ela. Se for extraída a parte posterior do lobo frontal esquerdo, a fala pode ficar comprometida. “Quando a lobotomia é feita até por volta dos 3 anos de idade, o outro hemisfério do cérebro pode assumir a função da parte extraída, e não haverá seqüelas”, explica Cypel. A lobotomia é também usada em casos de epilepsia, quando o problema não pode ser controlado com tratamento convencional. Retira-se um foco epiléptico localizado, ou seja, a região do cérebro responsável pelas descargas neuronais que causam as convulsões.