Xavier Bartaburu
Se você algum dia já correu e correu até não agüentar mais, conhece muito bem a sensação: as pernas não conseguem mais reagir, a fraqueza é extrema, a falta de ar, imensa. Por mais que você faça força para respirar, parece que o ar que entra não é suficiente. E não é mesmo. Isso acontece porque seus músculos apresentam um déficit – isto é, estão consumindo mais energia do que o organismo é capaz de gerar. Os pulmões e o coração não conseguem fornecer oxigênio na quantidade necessária para produzir a energia. Mesmo depois de parar de correr, você continua sem fôlego e sua respiração fica ofegante durante alguns minutos porque está pagando o débito. É justamente essa uma das principais diferenças entre você e um campeão olímpico: a capacidade de respirar. Os exercícios que consomem muito oxigênio são chamados de aeróbicos. São atividades como a maratona e o futebol, que exigem resistência acima de tudo. Há também os exercícios anaeróbicos, nos quais os pulmões são menos requisitados e o que vale é a velocidade ou a força. A corrida de 100 metros rasos, por exemplo, é disputada em um fôlego só. Algo parecido ocorre no halterofilismo. O atleta precisa fazer uma força descomunal, mas seus músculos trabalham apenas alguns minutos.
Quem sabe é super
Um em cada sete adultos ronca durante o sono. O responsável pelo ronco é a úvula, ou campainha, um pedaço de tecido no alto da garganta que vibra quando se respira pela boca.
O respiro esotérico
De origem religiosa, a ioga é praticada como uma técnica de relaxamento e controle da respiração.
“Quem respira apressadamente vive pouco”, ensinam os mestres indianos. Para eles, o segredo de uma vida saudável está em respirar profundamente. É esse o objetivo da ioga. Criada na Índia há milhares de anos, essa técnica de base religiosa tem conquistado cada vez mais adeptos no Ocidente. A modalidade mais difundida é a hatha ioga, despida de sua origem espiritual e usada como exercício de relaxamento. Muitos médicos vêem a ioga como um eficiente método de controle da respiração. O praticante (foto) aprende a inspirar e a expirar corretamente, oxigenando melhor o organismo. Com isso, previne problemas como o estresse e doenças como a asma e a bronquite.